Moda e beleza

Bate-papo discute a história e o futuro da alfaiataria

Michele Bravos
18/02/2011 12:08
O 10º Ciclo de Atualização em Moda, que ocorre durante o V Paraná Business Collection, promoveu, ontem (17), um encontro de gerações.
Em um bate-papo descontraído, o alfaite Osvaldo Zanella, há 50 anos na profissão, respondeu algumas perguntas dos mais de 70 jovens interessados em discutir moda que estavam presentes no auditório Caio Amaral Gruber/CIETEP.
VB: Como o senhor vê o destino da alfaiataria?
OZ: Eu diria que ela pode sobrevier, tranquilamente, fazendo roupas para a classe média e média alta.
VB: O senhor atinge esse público?
OZ: Atinjo. Atinjo. Eu faço poucas roupas, mas mais caras, o que dá uma boa margem de lucro. Hoje, o profissional que faz roupas socias pode levantar 4mil, 5 mil reais por mês.
VB: Os novos designer de moda podem considerar esse segmento como uma boa oportunidade de trabalho?
OZ: Se eles quiserem aprender a profissão de alfaiate da forma clássica, eles podem ter futuro.
Valéria também lembra que os alfaiates receberam a ideia dos projetos muito bem, pois seria uma forma de preservar o conhecimento deles. A maioria dos alfaiates curitibanos tem por volta de 70 anos e não tem aprendiz.
O livro está em todas as bibliotecas de instituições de ensino que oferecem cursos relacionados à moda. O filme ainda não está sendo distribuído.