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Carolina Kirchner Furquim, especial para a Gazeta do Povo.

Dormir mal não é o único motivo para olheiras; veja as causas e como tratar

Carolina Kirchner Furquim, especial para a Gazeta do Povo.
21/02/2018 12:00
Um problema para muitas pessoas – independentemente da idade e do tom de pele –, as olheiras deixam o olhar carregado e o rosto com aspecto cansado.
Quem associa o surgimento das olheiras a noites mal dormidas não está errado, mas há muitos outros motivos que justificam seu aparecimento.
Um deles é genético e um dos mais comuns no escurecimento ao redor dos olhos, que ocorre graças à deposição de melanina na região, sendo o fator genético uma das causas.
Esse excesso de pigmentação pode também estar associado a um processo inflamatório. Cremes clareadores, peelings químicos e laser são opções de tratamento para a olheira pigmentar.

Desde o nascimento

Outra razão para surgirem diz respeito à maior quantidade de vasos presentes embaixo dos olhos. Uma característica congênita, ou seja, quando o indivíduo já nasce assim, que pode favorecer o depósito de hemossiderina (um pigmento sanguíneo) ou ferro na região.
A coloração das olheiras, nesse caso, pode ser acobreada, avermelhada, azulada ou arroxeada. Para suavizar, a luz pulsada é uma boa alternativa. Cremes também podem ser indicados.
Um tipo recorrente, também de ordem congênita, é quando a pessoa naturalmente tem o sulco ao redor dos olhos mais profundo. A perda óssea em torno do globo ocular, que piora com o envelhecimento, também pode acentuar esse tipo de olheira.

Tratamentos

Não há cremes no mercado capazes de fornecer alguma melhora nesses casos , por isso, o tratamento é sempre feito com preenchimentos, à base de ácido hialurônico. Dependendo da severidade das olheiras, o médico dermatologista pode até mesmo sugerir a associação de diferentes técnicas de preenchimento.
O tratamento com ácido tem efeito temporário, de alguns meses. A técnica de lipoenxertia, ou preenchimento com gordura do próprio paciente para a reposição volumétrica, é feita por cirurgião plástico e tem efeito permanente, ainda que sempre haja a absorção pelo organismo de parte da gordura enxertada.
Pacientes que apresentam bolsas de gordura embaixo dos olhos também sofrem com o escurecimento. As bolsas retêm líquido, incham e comprometem o aspecto do olhar. Por serem uma constituição genética, podem piorar com o envelhecimento da pele e a natural diminuição da produção de colágeno. As terapias, nesses casos, consistem no uso de cremes descongestionantes e drenagem. Se as bolsas forem muito grandes, um procedimento cirúrgico para a remoção não está descartado.
Com uma quantidade mais baixa de ativos, os cremes anti-sinais não garantem resultados tão eficazes quanto os dos medicamentos. Foto: Bigstock
Com uma quantidade mais baixa de ativos, os cremes anti-sinais não garantem resultados tão eficazes quanto os dos medicamentos. Foto: Bigstock
O caráter estrutural é o que mais costuma contribuir para um aspecto cansado, e não apenas ao redor dos olhos. Esse aprofundamento da face é resultado do passar do tempo e da perda de volume, que desfavorece os contornos “joviais” do rosto. A cirurgia plástica, nesses casos, é responsável por devolver o volume à face, seja por meio do reposicionamento muscular, implantes e transferência de gordura – todos procedimentos invasivos.

Noites mal dormidas e outras razões

Do ponto de vista dermatológico as olheiras podem ser classificadas em agudas e crônicas (que são os casos genéticos).
As agudas surgem de forma inesperada e podem acometer qualquer pessoa. Algumas das principais causas são noites mal dormidas, ingestão de bebida alcoólica, uso de certos medicamentos e, nas mulheres, a proximidade do período menstrual.
Em geral, essas olheiras duram poucos dias e desaparecem completamente. Removendo a causa, a olheira vai embora e não precisa de tratamento específico. As crônicas podem piorar com o tabagismo e com problemas respiratórios de longo prazo, como sinusite e rinite.
Fontes consultadas: Natasha Unterstell, médica dermatologista da Clínica Nude e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Jardis Volpe, médico dermatologista, especialista em cosmiatria e laser, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e diretor médico da Clínica Volpe.
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