Moda e beleza

Camila Petry Feiler, especial para Gazeta do Povo

Tinder de roupa: aplicativo incentiva troca de peças e consumo sustentável

Camila Petry Feiler, especial para Gazeta do Povo
17/04/2017 15:59
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Mariana Pelliciari, do Roupa Livre: aplicativo foi inspirado no Tinder. (Foto: Divulgação)

Usando a lógica da combinação do aplicativo de encontros Tinder, o Roupa Livre  ajuda no processo de desapego. Com mais de 4 mil usuários, o aplicativo conta com um sistema onde as peças são cadastradas para troca e as pessoas podem dar match ou não. Se combinar, ou seja, quando duas pessoas curtem uma a peça da outra, abre um chat e é possível combinar a troca.
Assim como o Tinder, o Roupa Livre usa um sistema de geolocalização, para garantir que as publicações sejam visualizadas por quem está próximo.  O aplicativo está disponível para download gratuito para o sistema Android e IOS.
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
O aplicativo surgiu como uma solução para aproveitar melhor as peças que já existem, compartilhar, distribuir e assim desacelerar o ritmo de produção de peças novas.
Um novo olhar
Fundamentado no slogan “a gente não precisa de roupas novas. A gente precisa de um novo olhar”, o Roupa Livre é um negócio social pensado a partir de um olhar crítico sobre a indústria da moda e a relação das pessoas com o que elas vestem.
Criado por Mariana Pellicari, Gabriela Mazepa e Elisa Dantas, a ideia começou com um evento de troca e hoje, além do aplicativo, também conta com a Oficina Re-Roupa, o Mapa da Mina, o Café com Costura, diversos cursos, um e-book e serviço de mentoria.
As três fundadoras do Roupa Livre: Mariana Pelliciari, Gabriela Mazepa e Elisa Dantas (Foto: Divulgação)
As três fundadoras do Roupa Livre: Mariana Pelliciari, Gabriela Mazepa e Elisa Dantas (Foto: Divulgação)
A partir de uma experiência pessoal, Mariana Pelliciari sentiu que era possível transformar a sua relação com a moda.”Passei a me sentir mais bonita, confortável e mais segura de mim com menos roupas no armário. Eu vivi na pele a busca por me sentir realizada através do consumo e não atingi isso. E é baseada nesta experiência pessoal que eu busco inspirar as pessoas”, afirma.
O projeto cria alternativas à forma descartável de consumir roupas, buscando o aproveitamento máximo do que já existe e incentivando a criatividade de encontrar soluções para lidar com o excesso. A partir daí, é possível pensar em menos consumo e mais consciência. Ainda assim, com roupa renovada.
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