Exames

Aproveite o Outubro Rosa para prevenir-se contra o câncer de mama

Luisa Nucada, especial para a Gazeta do Povo
06/10/2014 14:00
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A campanha Outubro Rosa, que teve início em 1.º de outubro, tem o importante papel de conscientizar as mulheres para a prevenção e diagnóstico do câncer de mama, uma doença cuja incidência está aumentando no Brasil e no mundo. "Infelizmente, no nosso país a maioria dos casos são detectados em estado avançado, por isso, o percentual de pacientes que morre ainda é alto. É um tumor agressivo, mas, quando diagnosticado com até 1 cm de diâmetro, é possível garantir a cura em 95% dos casos", afirma a radiologista coordenadora da Comissão Nacional de Mama do Colégio Brasileiro de Radiologia, Linei Urban.
A principal medida para a detecção precoce do câncer é a mamografia, um exame simples, barato e rápido. "Todas as sociedades médicas brasileiras e internacionais recomendam a mamografia anual para mulheres acima de 40 anos", afirma a radiologista. Segundo ela, uma lei federal de 2009 garante o exame gratuito, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), às brasileiras dessa faixa etária. "É um direito que deve ser cobrado", reforça.
"A mulher tem de se conscientizar da necessidade de ir ao médico todo ano para ser examinada, tanto nas mamas como para o Papanicolau. É um compromisso que ela deve ter consigo própria", salienta o especialista em ginecologia e mama do Hospital Erasto Gaertner, José Clemente Linhares.
De acordo com a radiologista, existem dois outros exames para detecção de tumores nos seios. A ultrassonografia, recomendada para mulheres com mamas densas, que têm muito tecido mamário e pouca gordura, e a ressonância magnética, exame indicado para pacientes com histórico genético ou familiar.
Outra medida importante está na realização do autoexame das mamas uma vez por mês, lembra Linhares. Nas mulheres que ainda menstruam, o recomendável é fazê-lo entre uma semana a dez dias após a menstruação. Cerca de 10% dos casos de câncer são palpáveis e não são visíveis na mamografia. Qualquer anormalidade deve ser informada a um médico. "A mulher conhece o próprio corpo e tem a capacidade de perceber uma alteração da mama de uma forma mais precisa do que o próprio médico em um exame de rotina. Ela sabe que aquele nódulo não existia naquele lugar antes, e isso acaba focando a investigação de uma maneira mais eficaz", explica o médico.