
Saber qual é o material com o qual é feita a embalagem dos alimentos que sua família consome são informações importantes para a saúde de todos, principalmente das crianças. Sem falar nos aditivos inseridos em alimentos muito atraentes para os pequenos e que podem trazer sérias consequências a longo prazo.
Recentemente, a Academia Americana de Pediatria (AAP) divulgou uma lista com elementos e aditivos que podem ser considerados perigosos caso não tenha o cuidado necessário na manipulação. Entre os aditivos, os que tendem a provocar mais problemas são os corantes artificiais, normalmente usados em salgadinhos, doces, balas e pirulitos.
“Alguns corantes, como o amarelo crepúsculo e o amaranto, que garantem a cor vermelha, estão relacionados em estudos ao desenvolvimento de câncer. É preciso avaliar com cautela a ingestão deste tipo de alimento e aguardar as novas diretrizes que serão apontadas pelas pesquisas”, alerta o pediatra e professor da PUCPR, Victor Horácio Costa Junior.
O estudo divulgado pela AAP indica que estes aditivos estão relacionados também a interferências hormonais nas crianças, que podem ter consequências no crescimento e no desenvolvimento delas, agravando ainda casos de tendência à obesidade infantil.
Lista dos alimentos e materiais a serem evitados
Bisfenóis

Um exemplo é o BPA, e são encontrados nas embalagens plásticas e metais dos alimentos. O pediatra recomenda o uso de potes de vidro para armazenamento das refeições das crianças, especialmente se forem passar pelo micro-ondas. O BPA está associado a mudanças na idade da puberdade, casos de infertilidade, aumento da gordura corporal e alterações no sistema nervoso e imunológico.
Para identificar produtos que contenham bisfenol A, por exemplo, deve-se observar nas embalagens a presença dos números 3 ou 7 no símbolo de reciclagem do plástico, pois esses números representam que o material foi feito utilizando o bisfenol.
Ftalates
Quando expostos em grandes quantidades, os ftalates usados nas máquinas de produção industrial dos alimentos poderiam afetar o desenvolvimento dos órgãos masculinos, aumentar a obesidade infantil e ser um fator de risco para enfermidades cardiovasculares.
Perfluoralquil
São os chamados PFCs e que são utilizados em embalagens de papel, para torná-las resistentes à gordura. Quando absorvidos pelo corpo em grande quantidade, podem afetar a imunidade, o peso dos bebês recém-nascidos e funções da tireoide.
Perclorato
Usado para embalar alimentos secos, pode afetar a tireoide, o desenvolvimento neurológico e o crescimento. Neste caso, o pediatra alerta para o perclorato de alumínio, encontrado em muitas panelas e recomenda: é mais seguro cozinhar em panelas de ferro, barro ou de inox certificadas pelo Inmetro.
Corantes artificiais

Estes são os grandes perigos. Podem causar quadros alérgicos agudos, com casos de choque anafilático, segundo o médico. O estudo americano associa os corantes ao aumento dos sintomas de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
Nitratos e nitritos
Usados na conservação de alimentos e também no realce da cor (como as carnes processadas). Estão associados a casos de anemia e podem interferir também no funcionamento da tireoide, além de estarem relacionados a casos de câncer dos sistemas digestivo e nervoso.
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