Saúde e Bem-Estar

Cecília Aimée Brandão, especial para Gazeta do Povo

6 aditivos químicos escondidos nos alimentos que são tóxicos para as crianças

Cecília Aimée Brandão, especial para Gazeta do Povo
21/09/2018 07:00
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Alguns corantes, como o amarelo crepúsculo e o amaranto, que garantem a cor vermelha, estão relacionados em estudos ao desenvolvimento de câncer. Foto: Unsplash

Saber qual é o material com o qual é feita a embalagem dos alimentos que sua família consome são informações importantes para a saúde de todos, principalmente das crianças. Sem falar nos aditivos inseridos em alimentos muito atraentes para os pequenos e que podem trazer sérias consequências a longo prazo.
Recentemente, a Academia Americana de Pediatria (AAP) divulgou uma lista com elementos e aditivos que podem ser considerados perigosos caso não tenha o cuidado necessário na manipulação. Entre os aditivos, os que tendem a provocar mais problemas são os corantes artificiais, normalmente usados em salgadinhos, doces, balas e pirulitos.
“Alguns corantes, como o amarelo crepúsculo e o amaranto, que garantem a cor vermelha, estão relacionados em estudos ao desenvolvimento de câncer. É preciso avaliar com cautela a ingestão deste tipo de alimento e aguardar as novas diretrizes que serão apontadas pelas pesquisas”, alerta o pediatra e professor da PUCPR, Victor Horácio Costa Junior.
O estudo divulgado pela AAP indica que estes aditivos estão relacionados também a interferências hormonais nas crianças, que podem ter consequências no crescimento e no desenvolvimento delas, agravando ainda casos de tendência à obesidade infantil.

Lista dos alimentos e materiais a serem evitados

Bisfenóis

Foto: Bigstock
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Um exemplo é o BPA, e são encontrados nas embalagens plásticas e metais dos alimentos. O pediatra recomenda o uso de potes de vidro para armazenamento das refeições das crianças, especialmente se forem passar pelo micro-ondas. O BPA está associado a mudanças na idade da puberdade, casos de infertilidade, aumento da gordura corporal e alterações no sistema nervoso e imunológico.
Para identificar produtos que contenham bisfenol A, por exemplo, deve-se observar nas embalagens a presença dos números 3 ou 7 no símbolo de reciclagem do plástico, pois esses números representam que o material foi feito utilizando o bisfenol.

Ftalates

Quando expostos em grandes quantidades, os ftalates usados nas máquinas de produção industrial dos alimentos poderiam afetar o desenvolvimento dos órgãos masculinos, aumentar a obesidade infantil e ser um fator de risco para enfermidades cardiovasculares.

Perfluoralquil

São os chamados PFCs e que são utilizados em embalagens de papel, para torná-las resistentes à gordura. Quando absorvidos pelo corpo em grande quantidade, podem afetar a imunidade, o peso dos bebês recém-nascidos e funções da tireoide.

Perclorato

Usado para embalar alimentos secos, pode afetar a tireoide, o desenvolvimento neurológico e o crescimento. Neste caso, o pediatra alerta para o perclorato de alumínio, encontrado em muitas panelas e recomenda: é mais seguro cozinhar em panelas de ferro, barro ou de inox certificadas pelo Inmetro.

Corantes artificiais

Foto:Unsplash
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Estes são os grandes perigos. Podem causar quadros alérgicos agudos, com casos de choque anafilático, segundo o médico. O estudo americano associa os corantes ao aumento dos sintomas de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
Nitratos e nitritos
Usados na conservação de alimentos e também no realce da cor (como as carnes processadas). Estão associados a casos de anemia e podem interferir também no funcionamento da tireoide, além de estarem relacionados a casos de câncer dos sistemas digestivo e nervoso.
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