Saúde e Bem-Estar

Da redação

A cada 650 crianças, uma nasce com lábio leporino no Brasil

Da redação
27/11/2016 20:30
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(Foto: Bigstock)

Embora as fissuras lábiopalatais surjam por influência genética, existem fatores ambientais que também comprometem a formação usual do lábio e palato da criança. Infecções congênitas, diabetes gestacional e até hipotireoidismo podem afetar o desenvolvimento físico, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Esses fatores genéticos e externos fazem com que, no Brasil, uma a cada 650 crianças desenvolva fissuras lábiopalatais, mais que a média global de uma a cada 700 a mil crianças nascidas.
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Outro fator conhecido entre os médicos é a deficiência de ácido fólico. “A ausência do ácido em períodos pré-concepcionais, ou no primeiro trimestre da gravidez, aumenta o risco de desenvolver a fissura”, segundo Ricardo Coletta, especialista em fissuras lábiopalatais e professora associado do departamento de Diagnóstico Oral, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Alguns medicamentos são também banidos da gestação, como anticonvulcionantes, corticoides, benzodiazepínicos para tratamento de insônia, isotretinoina, remédio usado no tratamento de acne severa.
À gestante cabe controlar a hipertensão arterial e a deficiência nutricional, bem como evitar fumo, álcool, estresse e drogas ilícitas – fatores que também afetam a formação do bebê.

Diagnóstico e tratamento

Antes de nascer, o bebê pode ser diagnosticado com a fissura, a partir do exame de ecografia. A primeira cirurgia é realizada a partir dos três meses do bebê e, dependendo da complexidade da fissura, até seis procedimentos são feitos para a correção.