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A prática constante de levar a bolsa pesada sobrecarrega o ombro e a coluna, causa contração incorreta dos músculos e gera inúmeras dores. Foto: Bigstock.
A prática constante de levar a bolsa pesada sobrecarrega o ombro e a coluna, causa contração incorreta dos músculos e gera inúmeras dores. Foto: Bigstock.| Foto:

Sombrinha, carteira, óculos, casaco, garrafinha de água, espelho, protetor solar e vários outros itens fazem parte da “lista infinita” de produtos presentes na bolsa de uma mulher prevenida. No entanto, estar preparada para enfrentar chuva, frio e possíveis mudanças na rotina também contribui para o desenvolvimento de dores no ombro e pescoço, além de prejudicar quem já sofre com desvios de coluna.

De acordo com o ortopedista e especialista em cirurgias de ombro, Lúcio Ernlund, a prática constante de levar a bolsa pesada sobrecarrega o ombro e a coluna, causa contração incorreta dos músculos e gera inúmeras dores. “Isso dificulta o dia a dia da pessoa no trabalho, e pode prejudicá-la em ações como dirigir e dormir”, afirma.

No caso da diarista Maria Josefa da Silva Souza, de 51 anos, as dores eram tão fortes que até atividades simples como pentear o cabelo se tornaram impossíveis. “Eu não conseguia nem erguer o braço de tanta dor”, relata a moradora de Araucária, na região metropolitana de Curitiba. O problema, segundo a paranaense, é que os sintomas começaram aos poucos e ela não deu atenção.

“Eu trabalhava em Curitiba e sempre carregava muita coisa. Aí, quando fui ao médico, já estava quase precisando de cirurgia”.

A prática constante de levar a bolsa pesada sobrecarrega o ombro e a coluna, causa contração incorreta dos músculos e gera inúmeras dores. Foto: Bigstock
A prática constante de levar a bolsa pesada sobrecarrega o ombro e a coluna, causa contração incorreta dos músculos e gera inúmeras dores. Foto: Bigstock

Para evitar sustos como esse, o médico Ernlund orienta o paciente a buscar acompanhamento médico assim que perceber os primeiros sintomas como contraturas musculares e formigamentos. “Isso porque, dependendo do estágio da doença, a recuperação pode levar meses”, aponta.

E foi o que ocorreu com a diarista. Ao procurar um ortopedista, Maria realizou diversos exames para confirmar seu diagnóstico, precisou tomar medicamentos e passar por inúmeras sessões de fisioterapia para correção postural e fortalecimento da região afetada. “Hoje estou bem melhor”, garante Maria, que trocou o trabalho de diarista pelo de babá para evitar o esforço com os braços.

Além disso, ela diminuiu significativamente o peso carregado na bolsa e iniciou a prática frequente de atividade física. “Agora estou fazendo pilates porque tem bastante alongamento e fortalece todo o corpo. Já percebi bastante resultado”.

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Prevenção

Segundo a fisioterapeuta Janaina Moreira Tomchak, as mudanças realizadas por Maria após o tratamento foram essenciais para evitar que ela sofresse novos episódios de dor e sobrecarga no ombro. “Por isso, a gente sempre orienta a pessoa a mudar seus hábitos”, diz.

Quando o problema é a bolsa com peso excessivo, por exemplo, a especialista aconselha o a paciente a reduzir ao máximo o número de itens que carrega, segurar um pouco à direita e um pouco à esquerda, e variar nos modelos escolhidos — preferindo as mochilas porque distribuem melhor o peso. Além disso, se o paciente já sofre com problemas de coluna, o cuidado com o peso das bolsas deve ser ainda maior.

Outra dica é manter a prática regular de atividades físicas com a orientação de um profissional. Uma opção indicada para quem já sofreu com dores, segundo Janaina, é o pilates devido ao baixo impacto e à grande abrangência dos exercícios. “Essa atividade não fortalece apenas o ombro lesionado, mas todo o corpo. Com isso, favorece a postura e o equilíbrio muscular”, finaliza.

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