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A alta nos casos está associada ao aumento de chuvas neste ano na região Sudeste mas, sobretudo, a alterações no tipo de vírus causador da doença. Foto: Bigstock.
A alta nos casos está associada ao aumento de chuvas neste ano na região Sudeste mas, sobretudo, a alterações no tipo de vírus causador da doença. Foto: Bigstock.| Foto:

Depois de mais de dois anos em queda, a dengue voltou a avançar no país. Dados de novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontam 54.777 casos prováveis da doença até o dia 2 de fevereiro, 149% a mais do que no mesmo período de 2018. Naquela época, foram registrados 21.992 casos.

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O avanço ocorre em quase todas as regiões do país, com exceção apenas do Centro-Oeste. Com 32 mil casos, o Sudeste responde por 60% das notificações.

Ao todo, 15 estados tiveram crescimento nos casos de dengue em comparação ao ano passado. Lideram a lista de registros São Paulo, que já soma 17 mil casos, e Minas Gerais, com 12 mil.

Também já foram registradas cinco mortes pela doença. Destas, duas ocorreram em Goiás. As demais ocorreram em São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

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A situação tem levado autoridades de saúde a aumentarem o alerta sobre o combate de focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. O verão é considerado o período mais favorável à reprodução do mosquito.

Entre as medidas recomendadas, estão manter tampados tonéis, caixas e barris de água, trocar água de vasos de plantas ao menos uma vez na semana, manter garrafas e latas de boca para baixo e manter pneus em locais cobertos.

Os primeiros sinais do avanço da dengue já haviam sido registrados no ano passado, quando levantamentos apontaram aumento na infestação de Aedes aegypti.

Com isso, o ano de 2018 também fechou com crescimento de 11% no total de casos da doença. O panorama interrompeu uma sequência de queda nos registros, a qual vinha sendo registrada desde 2016.

Para especialistas, o aumento está ligado ao ciclo epidemiológico da dengue e ao avanço do vírus da dengue tipo 2. Desde 2014, os sorotipos mais prevalentes eram o 1 e o 3, o que indica a possibilidade de que mais pessoas estejam suscetíveis ao tipo 2.

A evolução de uma nova infecção é mais grave em pessoas que já contraíram outros sorotipos da doença.

Zika e chikungunya

Na contramão dos casos de dengue, os registros de outras duas doenças transmitidas pelo Aedes têm tido queda no país.

Neste ano, os casos de zika somam 630, redução de 19% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a chikungunya soma 4.149 registros, queda de 51%. Alguns estados, no entanto, apresentam cenário oposto, caso do Rio de Janeiro, com 2.198 casos até 2 de fevereiro deste ano, contra 1.182 no mesmo período do ano passado.

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