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A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas salivares – as parótidas.

O número de casos da doença cresceu 130% no acumulado janeiro a agosto deste ano, no estado do Rio de Janeiro, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Nos primeiros oito meses de 2019, foram feitos 2.185 registros de caxumba, superando os registros de todo o ano de 2018 (1.973) e de 2017 (1.376).

O frio, somado à falta de circulação de ar em ambientes fechados e aglomerados, facilita a disseminação do vírus.

“O vírus é transmitido, como outras viroses respiratórias, através da tosse, espirro e mãos. Fazer o ar circular e ter uma rotina de higienização e cuidados é essencial”, afirma a médica infectologista Maria Inez Domingues Kuchiki.

A pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus no intervalo que vai de três dias antes a dez dias depois da manifestação dos sintomas.

Sintomas

O vírus da caxumba causa uma inflação na glândula parótida, que é uma glândula salivar. Os sintomas da caxumba são inchaço na região do pescoço (logo abaixo do lóbulo da orelha), mal estar e febre.

Apesar de não ter alta letalidade, a doença pode trazer complicações.

“Entre 20% e 30% do homens [com caxumba] podem fazer inflamação da bolsa escrotal. Nas mulheres, pode fazer inflamação dos ovários, mas é menos frequente”, diz a infectologista. Se o vírus chegar às meninges, ele pode ainda acarretar uma meningite.

A doença é tratada apenas com repouso e remédios para aliviar os sintomas, já que não há um medicamento que combata o vírus.

Prevenção

A medida mais eficaz de prevenção é a imunização com a vacina tríplice viral (que também protege contra sarampo e rubéola).

A vacina faz parte do calendário nacional de vacinação e, desde 2013, é aplicada em duas doses: uma aos bebês com 12 meses e o reforço aos 15 meses.

Apesar de ser aplicada em crianças, a recomendação para adultos é que se imunizem. “Quem nunca teve [caxumba] ou não sabe se teve ou se foi vacinado deve se vacinar. Quem já pegou, por outro lado, está protegido para o restante da vida”, explica Maria Inês.

Quem tem até 29 anos pode tomar a vacina gratuitamente em qualquer unidade de saúde de Curitiba.

Neste caso, a tríplice viral é administrada em duas doses, como nos bebês. Para as pessoas de 30 a 49 anos, a vacina é aplicada em apenas uma dose, também gratuitamente nos postos de saúde.

Pessoas acima de 50 anos não podem se vacinar contra a caxumba nas unidades de saúde. O ministério considera que nesta faixa etária a maioria das pessoas está “imunizada naturalmente”, já que nasceu em uma época em que a doença era muito frequente.

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