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Por terem a pele mais sensível e contato frequente com produtos de limpeza agressivos, cada vez mais crianças estão sujeitas à dermatite do toalete, conhecida como “alergia ao vaso sanitário”: os sinais mais comuns são a vermelhidão na região atrás da coxa e a coceira local, que tendem a se agravar com o tempo, e formam o desenho do vaso sanitário. Embora comum, a doença tem aparecido com mais frequência nos consultórios dos pediatras e exige atenção redobrada dos pais.

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O contato da água sanitária, usada na limpeza do vaso sanitário, com a pele das crianças, especialmente as menores, faz com que a alergia se manifeste.

“Não se trata de uma substância específica, mas o que vemos é a reação maior à água sanitária. Uma vez identificado o problema, a orientação aos pais é que a limpeza do tampo do vaso sanitário seja feita com álcool 70 ou sabão de coco”, ensina Daniela Seidel, médica pediatra com ênfase em cuidados na pele da criança e do adolescente da Clinikids.

“A alergia causa uma coceira intensa e, como a criança fica coçando, pode surgir uma ferida no local que predispõe às infecções. A dermatite faz o desenho do tampo do vaso sanitário e se apresenta bem atrás da coxa, até um pouco das nádegas, mas não atinge entre as pernas”, explica Nádia Almeida, chefe do serviço de Dermatologia do hospital Pequeno Príncipe.

Cuidado extra

Mesmo que o banheiro da casa esteja protegido, é preciso atenção aos demais vasos sanitários que a criança terá contato, como na escola, shoppings e mesmo casa de amigos ou familiares.

“Fora de casa, a recomendação é sempre forrar o vaso. E não só quando estiver em banheiro público. Como o principal agente são os produtos de limpeza, se você não souber quais produtos a avó ou vizinha usa, é melhor forrar”, reforça Daniela.

Crianças menores podem não se lembrar de que é preciso forrar o vaso toda vez que for ao banheiro, e aí cabe a atenção dos adultos responsáveis.

“Como é uma dermatite de contato, o paciente precisa de uma exposição continuada para desenvolver a reação. Mas, se a alergia se manifestar uma vez, o próximo contato com o produto gera uma reação mais rápida”, diz a pediatra.

Vaso sanitário mais propenso à alergia

Se a mudança do produto de limpeza não for suficiente, há outras medidas que podem ajudar no combate à alergia.

“Evitar aquelas tampas mais acolchoadas, porque têm muitas reentrâncias, que acumulam os produtos químicos. Prefira aqueles mais rígidos. As roupas com tecido sintético, como lycra, grudam demais na pele da criança, e também podem prejudicar”, ensina Nádia.

Forrar o vaso sanitário é essencial

Das medidas que devem ser estimuladas pelos pais é que a criança sempre forre o vaso sanitário com papel próprio ou papel toalha.

Há no mercado capas plásticas que facilitam esse hábito. Diminuir o tempo que a criança passa sentada no vaso sanitário para o mínimo possível é outro cuidado. Para tanto, não deixar que ela leve tablets ou livros para o banheiro.

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