Saúde e Bem-Estar

Redação

Malária ainda ameaça três bilhões de pessoas no mundo; veja como evitá-la

Redação
25/04/2018 07:00
Thumbnail

(Foto: Bigstock)

Casos de malária no Brasil — em 2016, segundo dados da Fiocruz, foram notificados 129.185 casos de  no país,  quase 10% a menos  em relação aos números da doença no ano anterior —tendem a se concentrar na região Amazônica, atingindo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Isso não significa, no entanto, que os moradores da região Sul não devam se preocupar com a doença, que pode levar à morte, se não tratada.
Embora não exista nenhuma vacina que proteja contra a malária, há outras formas de prevenção importantes e que devem ser reforçadas – especialmente entre as pessoas que forem visitar as regiões onde a doença é mais frequente.
O primeiro passo é fazer uso constante de repelentes, visto que a malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, por sua vez infectada pelo protozoário do gênero Plasmodium. Esses mosquitos tendem a picar mais entre o anoitecer e o amanhecer – portanto o cuidado com a proteção deve ser reforçada nesses horários.
É indicado ainda o uso de mosquiteiros, roupas que protejam braços e pernas, além de telas em portas e janelas, principalmente à noite. Fique atento se surgirem os seguintes sintomas: febre alta, calafrios, tremores, sudorese intensa e dor de cabeça. Há ainda, segundo dados do Ministério da Saúde, relatos de pacientes que, antes de apresentarem os sintomas acima, também manifestam náuseas, vômito, cansaço e falta de apetite.

Se a pessoa sentir prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, ou hemorragias – leve-a diretamente ao posto de saúde mais próximo. Mesmo um desses sinais pode indicar uma malária mais grave.

Malária: mitos e verdades

A malária não é transmitida de uma pessoa à outra. É preciso o contato com o mosquito, que faz a transmissão do protozoário parasita ao organismo. Depois de entrarem na corrente sanguínea da pessoa, os parasitas seguem até o fígado, onde se multiplicam e se alojam nas células vermelhas.
Delas, eles se multiplicam novamente e rompem as células, liberando novos parasitas no sangue – aí, então, a pessoa passa a manifestar os sintomas da doença, conforme informações da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras.
Em todo o mundo, cerca de três bilhões de pessoas estão em risco de infecção da malária, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nas Américas, o Brasil é o país que contribui com metade dos casos da doença.
Não existe vacina contra a malária. Segundo o Ministério da Saúde, houve estudos de substâncias que poderiam ser capazes de gerar imunidade, mas os resultados não foram considerados satisfatórios para o desenvolvimento de uma vacina.
Existe cura para a malária. Uma vez confirmada a doença, através de um teste de tira reagente ou pela observação dos parasitas no microscópio com uma amostra de sangue, a pessoa passa a receber o tratamento.
A terapia mais indicada é a combinada à base de artemisinina, oferecida em comprimidos e de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas varia conforme a espécie do protozoário, idade do paciente, entre outros. Apenas casos graves são hospitalizados.
Se feita de forma correta, o tratamento garante a cura da malária.

LEIA TAMBÉM