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Os erros de cuidados em saúde mais prejudiciais estão relacionados ao diagnóstico, prescrição e uso de medicamentos, segundo a OMS. Foto: Bigstock.
Os erros de cuidados em saúde mais prejudiciais estão relacionados ao diagnóstico, prescrição e uso de medicamentos, segundo a OMS. Foto: Bigstock.| Foto:

Milhões de pacientes são prejudicados por cuidados de saúde não seguros no mundo, resultando em 2,6 milhões de mortes por ano em países de baixa e média renda.

A maior parte desses óbitos é evitável. O impacto pessoal, social e econômico do dano ao paciente leva a perdas de trilhões de dólares no mundo. As informações são da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por isso, a OMS está concentrando a atenção global na questão da segurança do paciente e lançando uma campanha de solidariedade com os pacientes no primeiro Dia Mundial da Segurança do Paciente, nesta terça-feira (17).

“Ninguém deve ser sofrer danos ao receber cuidados de saúde. E, no entanto, pelo menos 5 pacientes morrem a cada minuto no mundo por causa de cuidados não seguros”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

“Precisamos de uma cultura de segurança do paciente que promova a parceria com os pacientes, incentive a comunicação e a aprendizagem com os erros e crie um ambiente livre de culpa, onde os profissionais de saúde são capacitados e treinados para reduzir os erros”, diz ele.

Quatro a cada dez pacientes são prejudicados durante o atendimento na atenção primária e ambulatorial. Os erros mais prejudiciais estão relacionados ao diagnóstico, prescrição e uso de medicamentos.

Os erros de medicação custam sozinhos cerca de US$ 42 bilhões por ano. Procedimentos de cuidados cirúrgicos não seguros causam complicações em até 25% dos pacientes, resultando anualmente em 1 milhão de mortes durante ou imediatamente após a cirurgia.

Os danos ao paciente nos cuidados de saúde são inaceitáveis. A OMS pede ações urgentes de países e parceiros para reduzir essas ocorrências. A segurança do paciente e a qualidade do atendimento são essenciais para a prestação de serviços de saúde eficazes e a obtenção da saúde universal.

Além disso, o investimento na melhoria da segurança do paciente pode levar a uma significativa economia de recursos financeiros. O custo da prevenção é muito menor que o custo do tratamento devido a danos à saúde.

Por exemplo, apenas nos Estados Unidos, as melhorias focadas em segurança levaram a uma economia estimada de US$ 28 bilhões em hospitais Medicare entre 2010 e 2015.

O maior envolvimento do paciente é fundamental para um cuidado mais seguro, podendo reduzir o ônus do dano em até 15% e economizar bilhões de dólares a cada ano.

No primeiro Dia Mundial da Segurança do Paciente, a OMS está priorizando a segurança do paciente como uma prioridade global de saúde e instando os pacientes, profissionais de saúde, formuladores de políticas e o setor de saúde a lutarem pela segurança do paciente.

Diversas cidades no mundo iluminarão monumentos em cor laranja para mostrar seu compromisso com a segurança dos pacientes em 17 de setembro. Isso inclui o Jet d’Eau em Genebra, as pirâmides no Cairo, a Torre Kuala Lumpur, a Royal Opera House, em Mascate, e a ponte Zakim, em Boston, entre outros.

O dia 17 de setembro foi estabelecido como o Dia Mundial da Segurança do Paciente pela 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2019.

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