Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Creatinina elevada aponta para mau funcionamento dos rins

Amanda Milléo
04/12/2019 13:00
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(Foto: Bigstock)

Entre os exames mais comuns pedidos pelos médicos, a creatinina ocupa uma das primeiras posições.
A verificação da quantidade de creatinina no organismo pode ser medida via sangue ou mesmo pela urina, e está diretamente relacionada à saúde dos rins.
Creatinina é uma substância que surge da degradação de uma enzima muscular, a fosfocreatina.

Quando maior for a quantidade de músculos de determinada pessoa, maiores serão as taxas de creatina no organismo, e é por isso que os valores de referência (que indicam se há uma quantidade adequada ou não da substância) mudam conforme gênero, idade e hábitos.

“Entre uma pessoa magra e uma pessoa mais musculosa, há alteração nas taxas de creatinina. Da mesma forma, um fisiculturista pode ter taxas altas e não representar algo negativo na saúde”, explica o médico endocrinologista Mauro Scharf.
Os médicos se preocupam com a creatinina no organismo porque, quando ultrapassam os valores de referência, pode indicar que os rins não estão fazendo o papel de filtros de forma eficaz e não estão eliminando a substância.
Se não eliminam a creatinina, também não eliminam outras substâncias, e isso sinalizaria uma possível insuficiência renal.

“Se a pessoa tiver histórico na família de problemas renais, é hipertenso ou diabético, ou tem alguma doença que afeta os rins, a realização do exame deve ser mais frequente, talvez a cada seis meses, dependendo da indicação médica. Caso contrário, uma vez ao ano”, explica o bioquímico Marcos Kozlowski.

A mesma periodicidade vale para quem faz uso de medicamentos que afetam os rins, como alguns antibióticos e antiinflamatórios.
Os dados desse exame, porém, não devem ser interpretados de forma isolada. Quando os rins não funcionam corretamente, outras substâncias também não são eliminadas da forma correta, como as proteínas, e a pessoa pode ter sinais como inchaço por retenção de líquidos.

Exame de sangue

Embora a forma mais comum de identificação da creatinina seja através de um exame de sangue tradicional, há também a opção de coleta urinária, que verifica a taxa de filtração glomerular.
A orientação, conforme os especialistas, é de que alguns pacientes façam os dois exames, para comparação dos resultados.

“No caso do exame de sangue, se for feito só a creatinina, não tem necessidade de fazer o jejum. Mas não é indicado fazer exercícios físicos de forma intensa e, em seguida, colher o sangue para o exame”, orienta Kozlowski.

Em geral, 0.7 – 1.4 mg/dL são os valores de referência para o exame da creatinina em homens. Nas mulheres, as taxas variam entre 0.5 a 1.0 mg/dL.
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