Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Contra o câncer de próstata, confira as diferenças entre o exame de PSA e o exame do toque retal

Amanda Milléo
29/09/2019 09:00
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A proteína — antígeno prostático específico — é produzida na próstata e, caso exista um princípio de tumor, normalmente haverá uma produção maior da proteína identificada no exame. Foto: Bigstock.

O exame do antígeno prostático específico, ou PSA, é um dos principais exames solicitados pelos urologistas na tentativa de identificar precocemente o câncer de próstata.
Diferentemente do exame do toque, ele não causa desconforto algum — exceto àqueles que têm medo de agulha.
Trata-se de um exame de sangue comum, coletado da mesma forma que qualquer outro exame de sangue, mas com algumas recomendações.
Como o exame busca identificar a proteína produzida pela próstata, é importante que o paciente tome alguns cuidados, como deixar de andar longas distâncias de bicicleta, não cavalgar e não ejacular entre dois a três dias antes do exame.

“Esses cuidados existem para que se tenha o valor mais correto. Também é recomendado, se a pessoa tiver feito uma biópsia na próstata, que fique um período em descanso antes de fazer o exame. E também que o exame do toque seja feito depois do PSA”, explica Marcos Kozlowski, bioquímico.

O jejum, prática comum para outros exames de sangue, não faz diferença nesse caso. Porém, como o PSA é coletado, normalmente, no mesmo dia em que o hemograma e o colesterol, que exigem jejum, a prática não interfere no resultado.

O que o PSA verifica?

A proteína — antígeno prostático específico — é produzida na próstata e, caso exista um princípio de tumor, normalmente haverá uma produção maior da proteína — identificada no exame.
“O valor de referência usado atualmente diz que até 4 é considerado normal. Acima desse valor, pode ter um sinal de tumor. Esse valor de referência não muda com a idade do paciente”, explica o bioquímico.
“O exame de sangue tem uma segurança, sozinho, de 80% na identificação do câncer. Ao aliar com o exame do toque retal, a segurança chega a 95%, 98% de certeza do diagnóstico”, reforça Kozlowski.

Recomendações

50 anos é a idade recomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia para que os homens avaliem a saúde da próstata, através do exame de sangue PSA (exame do antígeno prostático específico) e o exame do toque.

No caso de homens com histórico familiar de câncer de próstata e afrodescendentes, a procura pelo médico deve ser feita antes, aos 45 anos.
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