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Exame de sangue oculto nas fezes ajuda na detecção de doenças do sistema digestivo, que tem m
Exame de sangue oculto nas fezes ajuda na detecção de doenças do sistema digestivo, que tem m| Foto:

Você sabia que o sistema digestivo de um adulto tem, em média, de seis a nove metros de extensão (da boca até o ânus)? São diversos órgãos e o número de doenças que podem ser desenvolvidas é grande – gastrite, esofagite, colite, inflamações intestinais, úlceras e, até mesmo, câncer. Para cuidar de todos esses detalhes, diversos exames foram desenvolvidos, mas um em especial chama a atenção – o de sangue oculto nas fezes.

A proctologista do Hospital Santa Cruz, Sônia Cristina Cordeiro Time, explica que o exame é o principal ponto de partida para a investigação das doenças associadas ao aparelho digestivo. “Por não oferecer nenhum risco ao paciente e ser de baixo custo, o exame de sangue oculto nas fezes tem sido utilizado para fazer um grande filtro na população em geral, para que, conforme seu resultado, sejam solicitados exames de imagem mais complexos e invasivos, como endoscopia e colonoscopia”, explica a médica.

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O exame é feito a partir da amostra de fezes de cada paciente. São colocados reagentes que indicam a presença de componentes sanguíneos, mesmo que invisíveis. “É um exame muito sensível e que, caso seja positivo, indica alguns novos caminhos a serem seguidos na investigação de doenças. Não é um procedimento conclusivo, pois o sistema digestivo é extenso e esse sangue pode ter inúmeras origens. Mas já é um ponto de partida”, completa a proctologista. Ela explica também que o exame é destinado a descobrir partículas invisíveis, que em nada alteram o aspecto normal das fezes e que não podem ser percebidas pelo olhar.

Quando fazer o exame?

O médico gastroenterologista cooperado da Unimed Paraná, Antonio Levi Afonso Hirt, aponta que 10% dos exames de sangue oculto têm resultado positivo. “A indicação do exame varia, mas em geral é realizado em pacientes com mais de 40 anos ou com histórico de doenças graves na família, como câncer. Neste caso, o exame deve ser realizado dez anos antes da idade do familiar que teve câncer apresentar a doença. Se o seu pai, por exemplo, teve câncer de intestino com 55 anos, a recomendação é que você faça este primeiro exame aos 45, sempre com o acompanhamento de um especialista”, esclarece.

Após o resultado positivo no exame, o paciente pode ser encaminhado para a realização de exames de imagem, como a colonoscopia, um exame endoscópico realizado no intestino grosso e no reto. “Este procedimento é feito com anestesia e pode detectar a presença de pólipos, fissuras e também lesões pré-malignas, que ainda não se transformaram em câncer, mas que poderiam ter essa evolução. Estas lesões, de acordo com a avaliação do médico, podem ser extraídas durante o próprio exame, livrando o paciente de futuros desdobramentos ainda mais graves”, alerta a proctologista. “É um exame simples e muito importante. Se o médico solicitou, não deixe de fazer”, frisa.

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