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Fasciíte necrosante: embora rara, infecção pode levar à morte. Foto: Bigstock.
Fasciíte necrosante: embora rara, infecção pode levar à morte. Foto: Bigstock.| Foto:

A fasciíte necrosante, conhecida também por outros nomes, sendo o mais comum a “bactéria comedora de carne” não é causada por apenas um micro-organismo, mas por vários.

Não todos ao mesmo tempo, mas uma vez que uma bactéria, como a Streptococcus pyogenes (grupo A), atinge o tecido subcutâneo e a fáscia (membrana que envolve os músculos, nervos, gorduras e vasos sanguíneos) do corpo, pode-se gerar a infecção.

O Center for Disease Control and Prevention (CDC, em inglês — órgão semelhante à Anvisa, nos Estados Unidos) estima que a Streptococcus pyogenes (grupo A) é a bactéria que está mais comumente relacionada à fasciíte necrosante.

Ainda assim, o Staphylococcus aureus, encontrada na pele e fossas nasais, também é capaz de desencadear os sintomas.

Embora seja uma doença grave, que exige tratamento imediato e pode levar à morte, é também uma doença rara. Nos Estados Unidos, são registrados entre 500 a 1,5 mil casos todos os anos de pessoas acometidas pela infecção. Não há dados da condição no Brasil.

Por que “comedora de carne”?

Ser conhecida como uma doença “comedora de carne” tem explicação no próprio nome. “Fasciíte” significa inflamação da fáscia, enquanto “necrosante” indica a morte dos tecidos.

Uma vez infectado, o paciente tende a ter o tecido da pele “comido” pela bactéria, e o tratamento vai desde o uso de antibióticos à procedimentos cirúrgicos de debridamento, ou remoção do tecido afetado. Casos mais graves exigem até mesmo a amputação de membros. 

“As bactérias não são, em geral, patogênicas, elas podem conviver com a gente, na nossa pele. Mas normalmente a infecção começa com um corte na pele. Às vezes uma picada de inseto é suficiente, mas não significa que vá fazer a infecção. O modo como o corpo reage, como se dá a resposta imunológica da pessoa, também importa”, explica Caue Silva de Azevedo Lima, médico intensivista, responsável pelo acompanhamento horizontal da UTI do Hospital São Vicente, em Curitiba.

Sendo assim, algumas pessoas têm maior risco, especialmente aquelas com o sistema imunológico comprometido.

De acordo com dados do CDC, pessoas diabéticas, com doenças renais, cirrose hepática e câncer são mais susceptíveis à infecção.

A fasciíte necrosante também pode ser uma rara complicação na catapora entre as crianças.

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Sinais da fasciíte necrosante

Como nem toda picada de inseto ou lesão na pele será o início de uma infecção da fasciíte necrosante, é importante ficar atento aos sinais mais comuns, conforme lista o médico intensivista e o CDC:

  • Pele avermelhada no local da lesão;

  • Dor forte no local;

  • Febre de alta intensidade e na região da lesão;

  • Dor no corpo;

  • Pressão arterial reduzida;

  • Úlceras ou manchas escuras na pele;

  • Mudanças na cor da pele;

  • Pus na área infectada;

  • Fadiga;

  • Tontura;

  • Diarreia ou náusea.

“No aparecimento desses sintomas, é importante que se busque uma unidade de saúde na hora”, reforça o médico. 

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