Saúde e Bem-Estar

Rafael Adamowski especial para a Gazeta do Povo.

Quanto mais tempo sentado em frente à TV, menor é a sua qualidade de vida

Rafael Adamowski especial para a Gazeta do Povo.
18/02/2018 08:00
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Problemas de visão e audição podem surgir se hábito for excessivo. Foto: Bigstock

Pode parecer confortável e cômodo aproveitar a aposentadoria deitado no sofá assistindo à televisão, ou, ao chegar em casa do trabalho, fazer dessa a sua única atividade. 
Não que momentos assim não possam existir, mas quanto mais tempo sentado ou deitado, menos qualidade de vida: o impacto negativo que gera o sedentarismo já ocorre desde a infância, mas afeta principalmente os adultos que deixam de ter atividades físicas e interações externas — de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 3,2 milhões de pessoas morrem a cada ano em decorrência dos hábitos sedentários. 
Considerada uma atividade extremamente passiva, assistir televisão em excesso aumenta os problemas articulares e as doenças cardiorrespiratórias. A falta de esforço cognitivo pode propiciar ainda problemas de memória e demência devido à exposição excessiva e a falta de relações sociais e familiares.  
É válido lembrar que a televisão não é um problema; seu excesso é o que pode levar ao isolamento social e piorar o sedentarismo. O hábito, se extremo, predispõe à obesidade (sobretudo quando associado ao consumo de alimentos), problemas circulatórios, trombose e até mesmo depressão. 
A exposição muito próxima ao monitor também pode causar distúrbios visuais e do sono e prejudicar a audição (além disso, se a pessoa assiste tevê com volume muito alto, fique atento: é indicado, nesses casos, buscar ajuda de fonoaudiólogos e iniciar, se for o caso, o tratamento adequado). 

Incentive outras atividades 

No caso dos idosos principalmente, é importante que as pessoas próximas e a família incentivem e promovam outras atividades para afastá-los da tela. 
De acordo com médicos, é importante que se tenha no mínimo 30 minutos de atividades físicas por dia, independentemente da idade — portadores de doenças crônicas sedentários correm sérios riscos de agravamento de seus problemas.  Mesmo atividades atreladas ao lazer, como um passeio ou caminhada no parque, já ajudam a melhorar a qualidade de vida. 
Fontes: Luiz Antonio Sá, médico geriatra/professor no curso de medicina na Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar) e Vitor Pintarelli, médico geriatra no hospital Nossa Senhora das Graças/presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Paraná (SBGG-PR).
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