Saúde e Bem-Estar

Bagunça boa para o corpo

Amanda Milléo
28/08/2015 21:40
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Nenhuma criança deveria ser impedida de correr pela casa, pular no sofá, saltar da mesa, escalar a árvore, chutar a bola, empurrar as cadeiras e rolar na grama. Fantasiados de brincadeiras, os exercícios são a base do desenvolvimento motor saudável, especialmente nos primeiros 7 anos de vida.
A partir dos 3 anos, as crianças estão sedentas por descobrir, criar e vencer os desafios do movimento corporal, que as tornarão flexíveis e criativas em qualquer ambiente que transitarem. “Para elas, o mais importante não é dançar no ritmo da música, mas simplesmente dançar. Não é fazer o gol, mas chutar a bola e depois correr atrás dela. Por mais difícil que seja se equilibrar no meio-fio da calçada, é instigante confrontar-se com o desafio e tentar quantas vezes for preciso”, explica a professora adjunta da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da UFRGS, Míriam Stock Palma.
“Apertamento”
No dia a dia, porém, o espaço apertado dos apartamentos e as muitas horas dedicadas aos computadores, smartphones e tablets atrapalham o repertório motor. “Entre os efeitos da inatividade física nas crianças e jovens, verificam-se doenças cardiovasculares, diabete, osteoporose, obesidade, problemas posturais, depressão, ansiedade, etc”, diz Míriam.
Dicas
Solte a criança, em casa, no parque ou pracinha e deixe-o livre para brincar
  • Deixe que ele manuseie, equilibre, chute bolas de diferentes tamanhos, pesos, texturas e cores;
  • Incentive que corra em ambientes amplos, pequenos, com e sem obstáculos, na areia e grama;
  • Estimule que pule corda, salte com os dois ou um só pé, em diferentes distâncias ou alturas;
  • Permita que suba em árvores, arraste-se pelo chão, pendure-se na escada na posição horizontal;
  • Deixe que ande pelo chão apoiando-se apenas com os pés ou com as mãos.
  • Olha a postura!
    Ajude a criança a se sentar corretamente, com a coluna reta e sem ultrapassar uma hora, carregar peso flexionando os joelhos e nunca dormir de bruços. “Trabalhos mostram que essas práticas associadas a hábitos saudáveis reduzem em até 80% as doenças degenerativas”, diz Pil Sun Choi, ortopedista e presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento de Cirurgia Minimamente Invasiva de Coluna.
    1 hora por dia
    é o tempo mínimo que as crianças deveriam se dedicar às atividades físicas estruturadas, de acordo com a National Association for Sport and Physical Education (Naspe) e com o escritor e médico clínico geral norte-americano Stephen Sanders, também autor do livro Ativo para a vida: programas de movimento adequados ao desenvolvimento da criança.

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