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Sequência do filme, lançado pela primeira vez em 2004, chegou aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (30). Foto: Divulgação
Sequência do filme, lançado pela primeira vez em 2004, chegou aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (30). Foto: Divulgação| Foto:

Algumas cenas do novo filme de animação da Disney, Os Incríveis 2, podem desencadear crises de epilepsia nos espectadores. O alerta foi oficializado pela produtora de Hollywood após dezenas de norte-americanos terem relatado mal-estar e sintomas como fortes dores de cabeça e enjoo. O filme foi lançado nos EUA no último dia 14 e, no Brasil, na última quinta-feira (28). Ainda não é certo que o aviso seja feito também nos cinemas brasileiros.

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A Proteste, entidade civil sem fins lucrativos de defesa do consumidor, reforça o alerta sobre o caso. Em nota, a entidade afirmou que “tais cenas, por conta da agilidade dos cortes e da intensidade das luzes, podem representar um risco à saúde para algumas pessoas”.

As cenas em questão ocorrem após cerca de uma hora de filme e duram quase 90 segundos. A sequência de efeitos pode afetar quem sofre de epilepsia fotossensível ou de outras fotossensibilidades. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com epilepsia. O transtorno crônico é considerado uma das doenças neurológicas mais comuns. Deste total, 3% dos pacientes costumam ser fotossensíveis.

Convulsões

As luzes intensas podem desencadear convulsões que duram cerca de 30 segundos, de acordo com a Proteste, mas os sintomas de mal-estar podem persistir por uma semana.

O efeito é mais comum em crianças e adolescentes, principalmente nos casos de epilepsia generalizada e epilepsia mioclônica juvenil.

O caso Pokémon

Em 1997, um caso semelhante aconteceu no Japão, durante o episódio 38 do desenho animado Pokemón. A cena durava seis segundos e mostrava o personagem Pikachu disparando um raio elétrico. Após este tempo, quase 700 crianças apresentaram sintomas como fortes dores de cabeça, enjoo e até mesmo crises epiléticas. Pelo menos 100 precisaram ser internadas.

Pokémon. Foto: Reprodução YouTube
Pokémon. Foto: Reprodução YouTube

Por conta do episódio, que foi banido durante quatro meses, as redes de TV japonesas adotaram regras na produção de animações. Determinados padrões de luzes, cores e formas tornaram-se proibidos.

Hoje, muitos desenhos animados exibem avisos que aconselham os espectadores a manterem uma distância da tela e ficarem em ambientes iluminados.

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