Saúde e Bem-Estar
Gazeta do Povo
Fumar em parques públicos de São Paulo passa a ser proibido; multa é de R$ 500
Pessoa que for pega fumando em praças públicas deverão pagar uma multa de R$ 500. Foto: Bigstock.
A prefeitura de São Paulo sancionou nesta sexta-feira (30) uma lei que proíbe fumar em qualquer parque público municipal da capital. A proibição vale para qualquer tipo de produto fumígeno, seja ele derivado ou não do tabaco. Entram na lista, além do cigarro comum, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e os cigarros eletrônicos, ou “vapes”, entre outros.
Caso alguém descumpra a ordem, o ato flagrante será multado em R$ 500. No caso de reincidência, o valor da multa aplicada será de R$ 1 mil.
De acordo com informações divulgadas pela prefeitura no site, o valor poderá ser corrigido todos os anos, conforme a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Como justificativa da medida, segundo a prefeitura, o prefeito Bruno Covas afirmou que “não combina o uso do cigarro em um espaço que se quer preservar a natureza, conviver com a família, praticar esportes. Não tem nenhuma relação o uso do fumo em espaços como este. Por isso fico muito feliz por sancionar esta iniciativa.”
Os parques ganharão placas avisando a proibição e a penalidade, além dos telefones dos órgãos responsáveis pela fiscalização. Mais detalhes sobre a fiscalização e autuação serão definidos depois da regulamentação da lei, prevista para até 60 dias.
Zero cigarro?
Apesar da medida proibitiva, os parques terão áreas especiais para atendimento dos fumantes. Essas estarão distantes dos parques infantis, áreas esportivas e outros locais onde há maior aglomeração e circulação de pessoas.
Câncer de pulmão
Uma das principais doenças associadas ao uso do cigarro é o câncer de pulmão. De acordo com dados divulgados pela organização não-governamental Oncoguia, 86% dos diagnósticos de câncer de pulmão no país são feitos tardiamente, quando a doença está em estágio avançado.
O risco está no aumento da mortalidade. Quando esse tipo de câncer é identificado em terceiro estágio, por exemplo, o risco é de 87% em até cinco anos.
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e cerca de 13% dos novos casos de câncer são de pulmão.
Apesar do registro de 6,9 mil casos no país em 2016, estima-se que o número seja maior justamente pela demora no diagnóstico, chegando a 28 mil casos. Os números do INCA, para 2018, são de 31 mil casos no total, sendo 18,7 mil homens e 12,5 mil mulheres.
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