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Rotina de exercícios deve ser mantida, com exceção das gestações de alto risco. Foto: Bigstock.  (Foto: Bigstock)
Rotina de exercícios deve ser mantida, com exceção das gestações de alto risco. Foto: Bigstock. (Foto: Bigstock)| Foto:

Praticar um exercício ou uma atividade física não é somente indicado como também é necessário para mulheres grávidas. Em geral, gestantes que já praticam algum exercício podem continuar com a rotina e as mulheres mais sedentárias precisam se movimentar para preparar o corpo para o desenvolvimento da criança e para o parto. Porém, tudo deve ser feito com cautela e respeito aos limites da gestante.

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A decisão sobre o que praticar, a intensidade e rotina de exercícios ou atividades deve ser tomada de acordo com as recomendações médicas, as percepções de preparadores físicos e as reações da gestante à rotina de exercícios. Com isso, as mulheres podem praticar caminhadas, alongamentos, esteira, hidroginástica, natação ou até mesmo musculação.

Pilates é uma das atividades recomendadas na gravidez. Foto: Bigstock.
Pilates é uma das atividades recomendadas na gravidez. Foto: Bigstock.

Bom para a maioria

Grande parte das mulheres grávidas é classificada como gestante de baixo risco, que se beneficiam dessas práticas, diz o professor associado do departamento de ginecologia e obstetrícia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Denis José Nascimento. “As atividades são muito bem-vindas para que a mulher tenha uma melhor capacidade cardiorrespiratória para superar a sobrecarga da gestação, do parto e no pós-parto”, explica.

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O especialista acrescenta que as mulheres podem apresentar dores musculares, dores lombares e em ligamentos devido à sobrecarga da gravidez, o que é comum com o avanço da gestação. Mas os exercícios ajudam na adaptação da gestante e a tornam mais preparadas do ponto de vista muscular.

Alto risco

No caso de gravidez de alto risco, em que a mãe, o feto ou ambos têm maiores chances de ficarem doentes, o melhor é observar as recomendações médicas, devido à sobrecarga que a mãe pode sofrer. Grávidas com doenças pré-existentes como diabete, hipertensão arterial, doenças relacionadas ao sistema autoimune, doenças cardíacas, renais, pulmonares, entre outras, podem se enquadrar na gravidez de alto risco. Segundo o professor, “na dependência de cada caso, a mulher poderá ou não praticar exercícios”.

Sem exercício proibido

Algumas questões precisam ser levadas em conta quando a mulher vai praticar exercícios ou atividades na gravidez, diz a personal trainer Débora Lourenço.

“Tem que levar em consideração se essa mãe já treina ou se ela não treina. Se ela já está habituada a um programa de treinamento, talvez a redução de carga de exercícios vá ser menor. Se essa mãe é sedentária, o foco é o fortalecimento e as articulações”, aponta.

Entretanto, nenhum exercício físico é proibido para gestantes que não possuem gravidez de alto risco. “A mulher pode fazer aquilo que mais lhe convier, a atividade que ela mais gostar. Mas tem que respeitar as suas limitações físicas”, diz o ginecologista, obstetra e professor da Universidade Positivo, Marcos Takimura.

O médico alerta para a questão do ganho de peso na gestação, fato que influencia na mobilidade e pode causar dores nas articulações.

Yoga é uma prática de menos impacto, ideal para os últimos meses de gestação. Foto: Bigstock.
Yoga é uma prática de menos impacto, ideal para os últimos meses de gestação. Foto: Bigstock.

“Quanto mais peso for ganho na gestação, maior o impacto nas articulações, principalmente em membros inferiores e na coluna vertebral. Por isso, quanto mais a gravidez avança, melhor fazer atividades mais moderadas e de preferência que não impactem nas articulações”, ressalta.

Treinos revistos

No caso de gestantes que já praticam exercícios que exigem esforço maior, a recomendação dos especialistas é a revisão da prática. “A pessoa quando corre faz com que a circulação se concentre nos membros inferiores. Atividades muito intensas diminuem a circulação para o útero da mulher. Consequentemente impactam no desenvolvimento da criança”, diz Takimura.

Quais exercícios devo evitar?

Mesmo que as gestantes possam realizar exercícios, algumas práticas precisam ser deixadas de lado no período. É o caso de exercícios que, porventura, possam exigir muito esforço da gestante, como prática de futebol, vôlei, corrida, andar a cavalo e andar de bicicleta. De acordo com o ginecologista e obstetra Marcos Takimura, esses tipos de atividades podem afetar o desenvolvimento da gravidez, como qualquer outra prática de grande esforço físico.

Gestantes devem evitar exercícios como andar de bicicleta. Foto: Unsplash.
Gestantes devem evitar exercícios como andar de bicicleta. Foto: Unsplash.

Por isso, a supervisão de profissionais da área de educação física também é fundamental. Segundo a personal trainer Débora Lourenço é importante a gestante manter um feedback com o profissional que vai acompanhá-la na execução dos exercícios. “A mulher deve repassar tudo o que acontece de diferente, para que se possa potencializar exercícios e não trazer malefícios, o que pode colocar a gravidez em risco”.

Quando posso voltar a treinar?

No caso de parto normal, se a mulher não desenvolveu doenças e a cicatrização estiver concluída, em cerca de duas semanas ela já pode exercer atividades leves. As mulheres devem, contudo, evitar exercícios intensos nas primeiras semanas, pois isso pode afetar a amamentação. Quando as gestantes passam por cesariana, a recuperação é mais lenta (em torno de 45 dias).

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