Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo com Estadão Conteúdo

Reynaldo Gianecchini ganha festa para celebrar cinco anos sem câncer

Amanda Milléo com Estadão Conteúdo
27/01/2017 14:00
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Gianecchini se curou de um linfoma não-Hodgkin há cinco anos (Foto: reprodução do Instagram do ator)

Para celebrar os cinco anos da cura do câncer do ator Reynaldo Gianecchini, o elenco da novela A Lei do Amor, na qual o ator faz o personagem Pedro, preparou uma festa surpresa, durante o intervalo das filmagens. Em 2011, Gianecchini foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin.
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Claudia Raia foi uma das presentes na festa e postou um registro do momento no perfil do Instagram: “Cinco anos de cura do meu amado Giane! Parabéns, você merece“, na legenda.

Celebrar os ‘marcos’ na vida é importante?

Para algumas pessoas que conseguiram se curar de uma doença, sobreviveram a um acidente ou qualquer outro desafio na vida, comemorar essas novas datas de “nascimento” são importantes passos na forma de encarar o próprio destino. Elas passam a se sentir mais fortes, confiantes e mesmo prontas para novos obstáculos que venham a surgir, ao mesmo tempo em que agradecem pelo que passou.
Mas todos somos diferentes e celebrar (ou não) esses ‘marcos‘ não significa que estejamos mais certos ou errados. Conforme explica a psicóloga Ana Cristina Weissmann, chefe da seção de Psicologia do HC 1 do câncer, do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e mestre em ética, bioética e saúde coletiva, quando a pessoa em um processo de tratamento consegue atingir o controle da doença, é um marco muito grande porque relembra toda a luta que teve para atingir essa meta.
“Para algumas pessoas, isso é tão importante que elas elegem essas datas e comemoram como um novo começo, uma nova possibilidade. Elas repensam suas vidas, refazem projetos de vida e isso, a grosso modo, deve ser comemorado”, explica. No entanto, não existe certo ou errado, mas o que é verdadeiro para cada pessoa, segundo a psicóloga. “Algumas pessoas encaram isso de outra forma, com o desejo de esquecer, de não lembrar. É a forma como elas se propõem a intentar essa nova etapa da vida. E elas não estão erradas“, reforça.
Preciso enfrentar de forma esperançosa ou positiva esse momento de cura? Nem sempre. “Se não for autêntico o sentimento, não vale. Porque podemos enganar todo mundo, mas nós mesmos e ao nosso sistema imunológico não enganamos”, afirma a especialista.
Novos significados
Se os “aniversários” de cura são celebrados ou não, cada pessoa escolhe o que fazer. Mas existe uma característica que é comum a boa parte dos pacientes, de acordo com informações da psicóloga clínica Iolanda de Assis Galvão, supervisora do serviço de Psicologia do hospital Erasto Gaertner.
“O mais nítido é repensar os valores. A pessoa não leva a vida da mesma forma que levava antes, principalmente quando o câncer surge na vida adulta e quando advém de hábitos. Um câncer de pele, por exemplo, ocorre a partir da exposição ao sol. Da mesma forma, o tabagismo e etilismo deixam suas marcas. Quando ela tem essa chance de cura, os anos seguintes são de mudanças dos valores na vida”, explica a psicóloga.