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Sem atingir meta, governo prorroga vacinação contra a gripe até 22 de junho

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13/06/2018 17:31
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Governo está com dificuldade em atingir a meta de 90% de imunização entre os grupos prioritários. Foto: Rodrigo Nunes/MS

Sem atingir a meta esperada para vacinação contra a gripe, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (13) que irá prorrogar, pela segunda vez neste ano, a campanha de vacinação contra a doença — que agora vai até a próxima sexta-feira (22).
Iniciada em 23 de abril, a campanha estava inicialmente prevista para terminar em 1º de junho. Em seguida, com a dificuldade de acesso aos postos de saúde devido à greve dos caminhoneiros, essa data final foi adiada para 15 de junho.
Após esse período, as doses restantes passarão a ser ofertadas também para crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos, grupo que não estava previsto inicialmente na campanha, mas também considerado como um dos mais vulneráveis a complicações pela gripe.
A medida ocorre diante da dificuldade enfrentada pelo governo em atingir a meta esperada para vacinação, que era de imunizar até 90% do público-alvo.

Quem deve tomar a vacina

Atualmente, fazem parte do grupo recomendado para a vacinação contra a gripe: gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, idosos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores, indígenas e pessoas privadas de liberdade.
Até o momento, porém, apenas 77,6% desse grupo já compareceu ao posto de saúde para receber a vacina. Com isso, ainda faltam 11,8 milhões a serem vacinados.
O percentual é ainda menor entre alguns grupos, como gestantes e crianças de seis meses a cinco anos, dos quais apenas 61,5% e 66% foram vacinados até o momento.

Gripe avança

Para o secretário de vigilância em saúde do ministério, Osnei Okumoto, a situação preocupa diante da proximidade do inverno e do aumento de casos de gripe neste ano no país em relação ao ano passado.
Boletim da pasta aponta que, até o dia 9 de junho, o país já registrava 2.715 casos de gripe, mais do que o dobro em relação ao mesmo período de 2017, quando houve 1.227 casos.
O número de mortes também já é maior: enquanto até junho do ano passado foram registrados 204 mortes, neste ano, já são 446.
Deste total de casos, cerca de 60% ocorreram pelo vírus H1N1 – o equivalente a 1.619 casos e 284 mortes. Em seguida, vem o vírus H3N2, com 563 casos e 87 mortes.
Apesar do aumento, o total ainda é menor do que o registrado em 2016, quando houve 12.174 casos de gripe, o maior número já registrado desde a pandemia de 2009.
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