Saúde e Bem-Estar

Da Redação com Estadão Conteúdo Web

Grávida, Kelly Key segurou a novidade até o 3º mês para evitar “surpresas”

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19/07/2016 22:00
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Na foto, Kelly Key com o filho - agora do meio - Jaime Victor, de 11 anos (Foto: Reprodução Instagram da cantora)

Aos 33 anos de idade, a cantora Kelly Key revelou estar grávida de seu terceiro filho: “Sim, eu tô grávida, e estou muito feliz com isso!”, disse a atriz em um vídeo em seu canal no YouTube, postado nesta terça, 19.
“Peço desculpas aos amigos que estão sabendo agora, e a vocês seguidores, por ter guardado esse segredo. Graças à Deus tá indo super bem, estou na 11ª semana, e tinha decidido contar na 12ª. Quem é mãe sabe que um monte de coisa pode acontecer, e eu queria estar muito certa”, contou a cantora, que já sofreu dois abortos em gestações passadas, uma antes de ter sua filha Suzanna, 15, e outra antes de Jaime Victor, 11.
Ela revelou que havia parado de tomar seus remédios em outubro do ano passado, e já vinha pensando em uma nova gestação, apesar de ela ter vindo um pouco antes do planejado. Conhecida pelo constante cuidado que tem com seu corpo, a cantora comentou já ter engordado dois quilos, para aumentar sua taxa de gordura, por orientação médica.
A cantora também trouxe outra notícia: Os fãs poderão acompanhar cada etapa da gravidez por meio de um programa em seu canal de YouTube, que deverá se chamar Colo de Mãe e trazer momentos como ultrassonografias, visitas ao ginecologista, dermatologista, treinos e cuidados com a alimentação durante a gestação, toda terça-feira.

Aborto espontâneo

Até a 12ª semana de gestação, os principais culpados pelo aborto espontâneo são problemas genéticos. Na formação do embrião, a combinação de dados do espermatozoide e do óvulo pode dar origem a síndromes que impedem a evolução da gravidez.
Outro fator de risco pode ser uma incompatibilidade sanguínea. Se a mãe tiver sangue Rh negativo e gerar um bebê Rh positivo, ela pode precisar tomar uma dose de gamaglobulina anti-Rh até 72 horas após o nascimento do filho ou aborto do primeiro bebê. O corpo materno percebe uma proteína intrusa, o Rh, e produz anticorpos que atacam as hemácias do feto. Esses anticorpos não influenciam a primeira gestação, mas vão ficar preparados para a segunda gravidez.
No caso da incompatibilidade imunológica, as vacinas produzidas com linfócitos presentes no sangue do pai podem ser indicadas para mães que tiveram falha na interação com o aloenxerto paterno, ou a porção do embrião que veio do pai. Como o sistema imunológico está sempre preparado para atacar tudo que não pertence ao organismo, se o corpo da mãe não souber reconhecer o feto, pode ser difícil manter a gestação.
Quando o aborto ocorre entre a 13ª e 20ª semana de gestação, pode estar relacionado a problemas anatômicos da mãe, como alterações no útero, que não se expande, ou no colo que se abre. A partir da 17ª semana, a formação do coração e os batimentos cardíacos reduzem as chances de abortamento.
Causas secundárias
Apesar de a maioria dos abortamentos decorrerem de alterações na divisão celular, algumas infecções por bactérias ou vírus também causam mudanças na formação do embrião, como é o caso do citomegalovírus, vírus da rubéola e a toxoplasmose.
Prudência
O início da gravidez é um período crítico, e especialistas recomendam que mamães e papais aguardem até o primeiro ultrassom para espalhar a novidade, ou 12ª semana, 3º mês. Nesse primeiro exame, é analisado o saco gestacional, com embrião presente, batimentos cardíacos e medidas normais.
Fontes: Denis José Nascimento, ginecologista responsável pelo setor de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas/UFPR; Francisco Furtado Filho, ginecologista especialista em reprodução humana do Hospital Nossa Senhora das Graças; Jerusa Miqueloto, médica hematologista do Laboratório Frischmann Aisengart; Lucas Rebelo, ginecologista e obstetra; Jean Alexandre Furtado Correa Francisco, oncoginecologista e mastologista do Hospital Evangélico.