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Ao tratar de uma dor de cabeça bem específica, resultante da enxaqueca, a recomendação médica é a de que, ao menor sinal de dor, já seja realizada a medicação. Foto: Bigstock.
Ao tratar de uma dor de cabeça bem específica, resultante da enxaqueca, a recomendação médica é a de que, ao menor sinal de dor, já seja realizada a medicação. Foto: Bigstock.| Foto:

É normal andar com remédios para dor de cabeça na bolsa, ter uma pequena farmácia na gaveta do escritório ou várias opções de analgésicos em casa. Mas qual é o momento ideal para tomarmos o medicamento para combater a dor? Logo que a dor começa? Ou é melhor aguardar para ver se passa e só depois de algumas horas tomar o remédio?

A resposta para essas dúvidas vai depender do tipo da cefaleia. Quando frequente, a orientação médica é fundamental para começar a tratar, pois “a dor nunca pode ser vista como algo normal”, como alerta o neurologista da Paraná Clínicas, Gustavo Franklin.

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“Na cefaleia do tipo tensional, a dor de cabeça pode perdurar vários dias seguidos. Nas crises de enxaqueca, é comum a dor permanecer por um período que varia de 4h a 72h. No entanto, o maior motivo para uma dor que permanece por vários dias é a falta de tratamento adequado”, completa.

Ao tratar de uma dor de cabeça bem específica, resultante da enxaqueca, a recomendação médica é a de que, ao menor sinal de dor, já seja realizada a medicação.

Para acabar com a dor de cabeça, o primeiro passo é fazer um diário dela. Foto: Bigstock.
Para acabar com a dor de cabeça, o primeiro passo é fazer um diário dela. Foto: Bigstock.

“Com a enxaqueca existe um fenômeno chamado depressão alastrante, que tem um caráter progressivo e de bola de neve. Quanto mais tempo passa, a dor fica cada vez maior, mais intensa e, consequentemente, mais difícil de tratar”, explica Gustavo.

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Muitos pacientes que sofrem de enxaqueca apresentam um sintoma específico e claro de que uma crise está para começar, a chama aura, uma manifestação neurológica que pode ser visual (pontos cintilantes ou pretos no campo visual) ou sensitiva (formigamentos ou dormências nos membros e dificuldade de falar).

“Uma vez que seja percebida a aura, o ideal é que a medicação seja tomada o mais brevemente possível, evitando a deflagração do início da dor”, completa. “A enxaqueca é um tipo de dor geralmente pulsátil, que ocorre de um lado da cabeça (embora possa ocorrer dos dois lados), muitas vezes insuportável, quase sempre associada a náuseas ou vômitos e que piora com a luz, barulho ou até certos cheiros”, explica.

Em caso de cefaleias

Além da enxaqueca, as cefaleias podem também ter como causa qualquer distúrbio no organismo ou no cérebro, como esclarece a neurologista e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Eliane Amaral Ghirelli.

“Por exemplo – meningites, sinusites, infecções em geral, hipertensão arterial, cervicalgias, distúrbios da articulação temporomandibular, tumores, hemorragias e outros casos”. Cabe ao médico fazer essa diferenciação de origem e tipo da dor, para que o paciente possa então ser bem orientado com relação ao melhor tratamento.

As dores do tipo tensional também são comuns e geralmente ocorrem na região da testa, na parte de trás ou mesmo em toda a cabeça. Frequentemente aparecem no fim do dia, na forma de uma pressão, e podem ser muito fortes.

Dor de cabeça nem sempre é um sinal (Foto: Bigstock)
Dor de cabeça nem sempre é um sinal (Foto: Bigstock)

“O melhor momento para tomar uma medicação para a dor é logo que se inicia, o mais brevemente possível, já que depois do processo iniciado, as medicações abortivas de dor tornam-se menos eficazes”, orienta Eliane.

Ao longo da vida, a maioria das pessoas aprende a identificar os gatilhos que causam crises de dor de cabeça, especialmente enxaqueca. “É recomendado combater o estresse, evitar o consumo de cigarro ou álcool, ter bons hábitos de sono e alimentares e realizar atividades físicas”, completa a neurologista.

No entanto, uma observação é fundamental: médicos alertam para os riscos do abuso de analgésicos, “uma vez que a necessidade de tomar medicamentos seja grande, com uma frequência de dores muito alta, não se deve fazer uso abusivo de analgésicos como dipirona, paracetamol e triptanos. Nesse caso, deve ser consultado um neurologista para que seja indicado um tratamento contínuo. A cefaleia associada ao abuso de medicamentos analgésicos é cada vez mais comum e pode estar associada à enxaqueca e outras dores não tratadas adequadamente”, dizem os especialistas.

FIQUE ATENTO!

Quando ligar o sinal de alerta e procurar um médico:

    1. A dor acorda o paciente pela madrugada ou aparece ao acordar pela manhã;
    2. Dor desencadeada por uma atividade física ou intercurso sexual;
    3. Dor de cabeça associada a febre ou rigidez da nuca;
    4. Dor associada à perda de consciência, ou dor lancinante que atinge um pico de dor rápido (em menos de um minuto);
    5. Dor associada à perda de força ou alteração de fala;
    6. Mudança no padrão de dor;
    7. Dor intensa considerada ?pior dor da vida?.

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