Saúde e Bem-Estar

Redação

Remédio usado em crianças com dificuldades de crescimento é proibido no Brasil

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27/11/2017 16:08
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(Foto: Bigstock)

O remédio Hormotrop, biossimilar a medicamentos usados no tratamento de crianças com dificuldades de crescimento, teve lotes proibidos para distribuição, comércio e uso no Brasil, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira (27). O motivo do alerta é a falsificação desses medicamentos, que não seriam procedentes do Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo, possuidor do registro da Anvisa para a produção da substância somatropina.
Em publicação no Diário Oficial da União, a agência alerta para a apreensão e inutilização de dois medicamentos e os respectivos lotes: Hormotrop 4UI, lote CA 30655, acompanhado do lote de diluente 001026443 e o Hormotrop 12 UI, pó liófilo injetável, contendo em sua composição o diluente lote 13010899.
A empresa, conforme explica a Anvisa na publicação, alerta que identificou a falsificação dos medicamentos em um outro lote, porque os mesmos apresentavam características diferentes daquelas registradas na agência e alertou que não são de procedência da empresa. O lote do Hormonotrop 12 UI, pó liófilo injetável, lote CC60278, também deverá ser recolhido e inutilizado.
Medicamento é conhecido por médicos endocrinologistas
A falsificação dos medicamentos chamou a atenção dos médicos endocrinologistas, principalmente pelo fato de eles serem usados comumente no tratamento de crianças com problemas de crescimento, como deficiência hormonal ou nanismo. De acordo com informações da médica endocrinologista, Rosângela Réa, esses medicamentos agem de forma a repor a deficiência e, se houver qualquer problema, as reações são visíveis.
“Primeiro, quem identifica a deficiência é o pediatra que acompanha o crescimento da criança a partir da curva de crescimento. Se a criança tem qualquer desvio, encaminha ao especialista, que solicita exames de detecção hormonal, para ver quanto a criança secreta”, explica a médica do hospital Pequeno Príncipe e do serviço de endocrinologista do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal do Paraná (SEMPR/UFPR).
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