Saúde e Bem-Estar

Isadora Rupp, especial para o Viver Bem

Viver melhor após os 80 anos é possível, mas é preciso atitude

Isadora Rupp, especial para o Viver Bem
01/12/2019 08:00
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Idosos da faixa etária de Odete, com 80 anos ou mais, já são mas de 4 milhões segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – para 2060, a projeção é de 19 milhões. Foto Letícia Akemi/Gazeta do Povo. | LETICIA AKEMI

Aos 85 anos, algo que não passa pela cabeça de Odete Schruber é se aposentar: ela comanda uma equipe de 26 pessoas, lê tudo o que cai em sua mão, conversa com a mente ágil e relembra de fatos com rapidez.
Viaja, toma vinho com as amigas e, no seu dia de folga, faz tudo, menos ficar em casa: seu passeio preferido é percorrer os sebos nas ruas centrais de Curitiba, em busca da sua próxima leitura.
Idosos da faixa etária de Odete, com 80 anos ou mais, já são mas de 4 milhões segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – para 2060, a projeção é de 19 milhões.
Apesar do envelhecimento rápido do país, cresce, felizmente, o número de idosos com saúde, que podem aproveitar uma vida longa e planejar o que eles querem ser quando envelhecer.
Formalmente, a pedagoga trabalhou até os 50 anos. Passou pelo Colégio Estadual do Paraná e também pela Secretaria de Educação. Na época, decidiu se aposentar para poder viajar com a mãe.

“Me aposentei em agosto e minha mãe morreu em dezembro. Fiquei sem ter o que fazer. O que não tem condições, porque sou muito dinâmica”, diz Odete Schruber, de 85 anos. 

Foi quando veio o convite da irmã, Nilva, para ajudar em algumas áreas no Hospital Pilar (atualmente Odete chefia as áreas de lavanderia, costura e hotelaria). “Vim para ficar seis meses, e ja estou há 35 anos” conta.
Além de aprender um novo ofício, a criatividade dos tempos de escola é colocada em prática na rotina hospitalar – ela cria sistemas para controlar, por exemplo, a troca de colchões na UTI.
Vai ao trabalho dirigindo, “mesmo com o trânsito difícil” e não consegue dormir sem ler um livro. “Não me vejo sem função ou ficando em casa sentada”, diz.
Odete e a equipe com quem divide seus dias de trabalho no hospital. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo.
Odete e a equipe com quem divide seus dias de trabalho no hospital. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo.
Por que quero viver?
Os especialistas entrevistados pelo Viver Bem, desde geriatras a psicólogos, são enfáticos sobre a receita para se viver uma vida boa e longa: ter um propósito de vida.

“A aposentadoria é uma mudança significativa. Desde o colégio temos a rotina de acordar cedo, ter atividades, trabalhos, tarefas e casa. A pessoa se acostuma a se sentir produtivo e, num determinado momento, isso acaba. Sou contra parar totalmente de trabalhar. Temos o direito de se aposentar e não bater o cartão, mas que a pessoa continue tendo um trabalho voluntário, ou remunerado alternativo, e se sinta produtiva” diz a psicóloga especialista em terceira idade Simone Bracht, autora do livro “Família e Pessoa Idosa – Reflexão e Orientação”.

Para o geriatra Rodolfo Pedrão, é necessário celebrar o envelhecimento populacional. “É uma conquista importante da humanidade. Ele decorre de melhorias das condições de saneamento, acesso à saúde, maior preocupação com o bem-estar e acesso ao tratamento e controle de doenças crônicas”.
Na prática clínica, ele observa que indivíduos que mantém um objetivo de vida são os mais longevos e felizes. “Pode ser uma segunda carreira, um projeto de vida de viajar, fazer um esporte diferente, aprender um idioma. Ter desafios e continuar andando apesar do envelhecimento” frisa.

“Cabe ao indivíduo o engajamento em atitudes de cuidado e também o orientado por equipe de saúde, utilizando inclusive quando necessário medicamentos de controle de doenças crônicas, o que adia as condições deletérias como perda de autonomia e morte. Hoje está mais na mão do indivíduo e menos na mão do acaso um envelhecimento saudável”. Rodolfo Pedrão, geriatra.

O médico Remberto Rojas Balderrama, 80 anos recém-completos, decidiu continuar atuando na sua área – para ele, a medicina é o seu maior propósito de vida.
Primeiro médico a chegar em Quedas do Iguaçu, cidade no Sudoeste do Paraná, o boliviano, que chegou ao Brasil aos 18 anos e formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), continua com sua rotina de segunda a sexta-feira no consultório.
Remberto voltou aos bancos escolares após os 80 anos e descobriu uma nova paixão. Foto: Acervo pessoal.
Remberto voltou aos bancos escolares após os 80 anos e descobriu uma nova paixão. Foto: Acervo pessoal.
Tem três especialidades: ginecologia e obstetrícia, homeopatia e geriatria. Não sabe dizer, mas milhares de crianças da cidade, onde vive até hoje com sua esposa, Maria, nasceram em suas mãos. “Naquela época a cidade não tinha nada, nem estrada” relembra.

Ageísmo É o termo utilizado para definir o bullying contra o idoso apenas pela idade. É aquele julgar que a pessoa é “muito velha”para fazer algo. “Existe muito esse preconceito que foi reforçado pelo idoso, que sentia uma desvalia e uma sensação de inutilidade. Há um movimento dentro das políticas públicas para valorização e reinserção da pessoa idosa. E a convivência entre as gerações também ajudará nisso” , crê a geriatra Ivete Berkenbrock.

Além do trabalho, pratica exercícios físicos por cerca de quatro horas por semana. Já jogou futebol e procura se atualizar de maneira constante. “Senão o cérebro envelhece e vai esquecendo das coisas.”
Remberto convive há 20 anos com o diabetes tipo 2, que é controlado com medicação, alimentação e exercícios.

Com sua experiência de vida e na medicina, ele dá quatro dicas que considera infalíveis para viver os 80+ com disposição: estudar sempre, se alimentar com equilíbrio, não ser sedentário “os sedentários vão embora antes” diz, e levar a vida com otimismo, com pensamento no futuro e com ajuda da religião.

Controlando doenças crônicas
A exemplo de Remberto, é possível ter uma vida longeva mesmo com uma doença crônica. A hipertensão e o diabetes tem uma prevalência alta no Brasil; é a primeira causa de hospitalizações no sistema público de saúde (de acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Nefrologia).
“Uma pessoa pode ter hipertensão aos 40 anos, mas se controla a alimentação e faz exercícios, ela vai chegar na velhice com mínimas incapacidades. Se não cuidar, a chance de um infarto ou AVC são altas” alerta a geriatra Ivete Berkenbrock, assessora técnica na área da Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Curitiba, e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Na rede curitibana, a área que atende a pessoa idosa realiza uma estratificação de risco de vulnerabilidade para pacientes das 111 unidades de saúde que têm acima de 80 anos, o que representa 30 mil pessoas em Curitiba.

Um educador físico realiza uma avaliação e classifica esses idosos em três tipos: robusto (autônomo e independente), pré-frágil (que apresenta alguns fatores de risco) e frágil (que com mais dependência e precisa de supervisão na alimentação, sono e higiene).

“Feita essa estratificação, ele é avaliado pelo clínico na unidade de saúde e pelo NASF – Núcleos de Apoio da Saúde e da Família, com psicólogo, fisioterapeuta, farmacêutico e nutricionista, que são profissionais que dão assistência à unidade. Ao mesmo tempo, o educador orienta para participar dos grupos de convivência e estimular o convívio social”, explica Ivete.
A cidade conta ainda com o Hospital do Idoso, voltado totalmente para essa população, com 120 leitos e 14 de UTI. No Brasil, estima-se, segundo estudo o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI), que 75% dos idosos são usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além das doenças cardiovasculares e do diabete, patologias respiratórias, neurológicas e as neoplasias são outros problemas que surgem do acúmulo de anos de vida.

“Felizmente, com o surgimento de medicamentos mais modernos e técnicas cirúrgicas e de tratamento não farmacológicos, a gente está conseguindo controlar melhor as doenças crônico-degenerativas. Existem estratégias consolidadas nos últimos anos que já são de domínio dos profissionais que atendem pacientes idosos, e estão mais fáceis na questão de custos e acessibilidade”, salienta Rodolfo Pedrão.

Socializar para manter a memória
Até 2050, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 152 milhões de pessoas em todo o mundo receberão o diagnóstico de demência; deste montante, o Alzheimer, transtorno neurodegenerativo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória e é mais comum em pessoas idosas, representará 70% dos casos.
A doença, aliás, é uma das mais temidas por quem deseja envelhecer mantendo as suas capacidades.
“Comprovadamente, a atividade física e intelectual funcionam melhor para prevenir Alzheimer do que qualquer outra coisa. E a atividade intelectual não é só fazer palavra cruzada em casa. O convívio social é algo muito importante, do qual é normal o idoso descuidar”, fala a neurologista chefe da Neurologia do Hospital Pilar, Cláudia Baeta Panfilio.

Uma perda leve, sobretudo após aos 70 anos, é normal, diz a especialista. “Perder um pouco de memória e reflexo faz parte da vida. Uma pessoa com mais idade tem mais dificuldade de reagir no trânsito, por exemplo, mas o índice de acidentes é maior entre jovens. As perdas naturais são compensadas com a sabedoria que a pessoa adquire”, diz ela.

As atividades sociais em grupo, lembra a neurologista, também ajudam no combate a depressão. “É comum o idoso ficar só no convívio familiar e descuidar dos amigos, se isolar. Isso é um perigo. A rede de relacionamentos precisa ser cultivada na terceira idade”.
Novas amizades e hobbies é o que não falta para as amigas Zonaide Maia Olímpio, 76, e Neuza Terezinha de Fabri, 67. Ambas participam de diversas atividades no Sesc Água Verde – a unidade atende pessoas de todas as faixas etárias mas é voltada para o atendimento à terceira idade.

65 anos É a idade com a qual a pessoa é considerada idosa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, em países em desenvolvimento como o Brasil, esse número cai para 60 anos.

Atividades como seresta, dança circular, oficina da memória e tempero e sabor (de culinária) são gratuitas para as pessoas idosas; em outras, há descontos de até 30% para quem tem mais de 60 anos.
Atividades no Sesc colocam os idosos em movimento e em contato com outras pessoas. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.
Atividades no Sesc colocam os idosos em movimento e em contato com outras pessoas. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.
“Segunda-feira chego aqui 7h e saio 17h30. Saio de uma sala e entro na outra” diz Zonaide, após sua sessão diária de musculação. Voluntariado, dança de salão, coral e seresta estão entre as atividades que ela realiza há mais de 10 anos. Do Rio de Janeiro, a artesã mudou-se para Curitiba há 11 anos para recomeçar a vida e viver com um dos filhos após ficar viúva.
Mesmo com a mudança do filho para São Paulo, resolveu permanecer no Paraná, tamanho o vínculo com os amigos. Também costuma participar das excursões de fim de ano (já foi em viagens para Gramado e Gravatal) e conta que está com os seus “exames ótimos”.

“Não tomo remédio para nada, só para dor de cabeça de vez em quando. Acho que tudo isso ajuda muito na saúde”.

No caso de Neuza, começar novas atividades afastou a depressão. Com a aposentadoria cedo, aos 50 anos, veio uma tristeza sem explicação.

“Eu trabalhava na área técnica da Copel, era bem ativa e fiquei muito mais em casa. Comecei a ficar triste e vim no Sesc. Quando iniciei o canto, fiquei mais alegre. Minha vida mudou. Eu quase não tinha mais amigos, e aqui encontrei muita gente, uma incentiva a outra”.

Neuza participa do coral, faz aulas de violão e, mais recentemente, aprendeu a tocar ukelelê. Também faz aulas de dança e é apaixonada por carimbó. “A música e a dança fazem bem para a alma. Minha fisionomia era mais fechada. Eu fiquei até mais simpática”, conta.
E os encontros não se restringem ao Sesc: tanto ela como Zonaide costumam sair juntas com as amigas para cafés, almoços e viagens.
Cultivar vínculos e novos propósitos é algo que deveríamos manter ao longo de toda a vida, enfatiza a psicóloga Simone Bracht.

“Mesmo em um momento de crise como o que estamos vivendo, é importante que as pessoas se envolvam com outras coisas que não seja o trabalho. Descobrir coisas fora da atividade profissional é muito importante para que o impacto da aposentadoria não seja tão brusco”.

Exercícios físicos e prevenção
Não é novidade que a prática regular de exercícios físicos é um dos pilares para manter a saúde, e mesmo as pessoas idosas que já têm alguma mobilidade comprometida podem, e devem, se exercitar com orientação adequada.
“Nossos profissionais estão capacitados para manter os idosos dentro da sua condição de saúde. Também trabalhamos bastante o alongamento, muito procurado por esse público” diz a gerente do Sesc Água Verde, Silmara Marques.
Leocádio Pianaro, um dos educadores físicos da unidade, conta que muitos idosos com limitações chegam na academia e acham que não vão conseguir se exercitar. “Fazemos um treino bem específico e você vê pessoas que mal andam recuperarem a mobilidade” conta.
Segundo o geriatra Rodolfo Pedrão, a atividade física, em todas as idades, precisa ser rotineira, de 30 a 40 minutos por dia ou de três a quatro vezes na semana.

“A ideia é procurar uma atividade prazerosa, com a qual a pessoa se identifique”. Evitar o tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas são outras medidas preventivas importantes, diz o médico.

Começar a falar de saúde e envelhecimento saudável desde a infância, com bons hábitos e cuidado com a saúde, é fundamental pra evitar a fragilidade na terceira idade, pontua a geriatra Ivete Berkenbrock.
“Se eu convenço uma pessoa de 50 anos a controlar o diabetes com exercícios e alimentação, sem ela se privar do que gosta, ela, aos 80, continuará enxergando, não precisará de amputação de membros. O envelhecimento não pões medidas proibitivas”.

“Nós como sociedade e pessoas que estamos envelhecendo precisamos estar mais atentos ao nosso emocional, perceber nosso equilíbrio e cuidar da mente, e não só do corpo”. Simone Bracht, psicóloga especialista em terceira idade.

Queda e isolamento
São dois fatores importantes de atenção para a pessoa idosa, diz a geriatra Ivete Berkenbrock. “A queda é um sinal de alerta. Quando a pessoa começa a ficar confusa, pagar uma conta duas vezes, a família precisa ficar atenta”. Perda de autocuidado com a roupa e higiene e isolamento também são fatores de atenção, e podem ser sinais, diz a médica, de depressão ou perda auditiva.

Como envelhecer bem?

Elencamos dicas práticas para chegar com saúde na fase 80+
Um envelhecimento que permita a capacidade emocional, com autonomia e funcionalidade – esse é, na visão da geriatra Ivete Berkenbrock, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria, um envelhecimento saudável. Para que isso ocorra, no entanto, é necessário investimento ao longo de toda a vida. Incluímos aqui dicas dos especialistas entrevistados para uma terceira idade produtiva e feliz:
– Tenha um propósito de vida. Escolha uma segunda profissão, novo trabalho ou hobbies para depois da aposentadoria.
– Se planeje financeiramente. Fazer um “pé de meia” por conta própria para essa época da vida é fundamental.
– Evite o sobrepeso e obesidade durante a vida para não sobrecarregar articulações.
– Faça atividades físicas regulares de 30 a 40 minutos por dia.
– Evite o tabagismo, consuma bebidas alcoólicas apenas eventualmente e mantenha uma dieta com pouca carne vermelha.
– Durma bem e cuide da qualidade do sono. Ele é essencial para preservar a saúde neurológica e mental.
Fontes: Cláudia Baeta Panfilio, neurologista; Rodolfo Pedrão e Ivete Brekenbrock, geriatras e Simone Bracth, psicóloga.
Empreendimento

Curitiba terá condomínio voltado à qualidade de vida da pessoa idosa

Residencial será lançado em 2020; prédio no bairro Alto da Glória, em Curitiba, vai unir serviços de bem-estar e atendimento médico

Ainda pouco comum no Brasil, condomínios fechados repletos de atrações e comodidades para a terceira idade é uma realidade nos Estados Unidos; o berço da ideia vem sobretudo da Flórida, estado conhecido por seu clima convidativo.

Veio de lá a inspiração para o Residencial Sênior Living + Comercial da Saude, da Construtora Laguna, que atenderá ao público que se aposentou e não deseja mais uma casa tão grande, ou quer serviços de saúde mais próximos.
O empreendimento terá o projeto completo lançado no segundo semestre de 2020, e a previsão é que as obras estejam prontas até 2023.
Segundo o diretor de incorporação da Laguna, André Marin, o empreendimento será dividido em duas torres: uma delas será um centro comercial com consultórios médicos e laboratórios.
A outra, apartamentos com serviços à disposição do morador, que variam conforme suas necessidades e mobilidade. Ou seja: o idoso frágil pode ter disponível cuidadores, serviços de enfermagem, entre outras necessidades.
Além do cuidado mais específico, o objetivo é que o espaço promova bem-estar, fala Marin.

“A ideia é trazer muita atividade ao idoso, para que ele trabalhe seu desenvolvimento cognitivo e social. Teremos sala de pintura e artes, horta, pet place. O conceito é que as pessoas se integrem mais e aproveitem o tempo livre”.

Por isso, serão ofertados também outras atividades extras como passeios culturais externos e viagens.
Segundo o diretor, haverá apartamentos a partir de um dormitório, atendendo tanto pessoas que moram sozinhas como casais.
“Hoje temos um movimento cultural no Brasil em que os idosos são mais independentes, não querem depender dos filhos e a casa ficou grande demais. Com o apartamento confortável e todos os serviços, nossa ideia é trabalhar dentro do conceito aging in place”, frisa.
Do inglês, aging in place (envelhecer no lugar) é um dos conceitos mais trabalhados pela geriatria quando se trata da saúde e bem-estar da pessoa idosa, explica a geriatra Ivete Berkenbrock, assessora técnica na área da Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Curitiba e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

“É a possibilidade de envelhecer onde viveu e continuar com a sua comunidade, ou em uma comunidade em que se permita viver com segurança”.

De acordo com a médica, países como o Canadá pagam para algumas localidades serviços de cuidado que serão oferecidos pelo Residencial Sênior em Curitiba.
“É mais fácil e barato o governo pagar um cuidador que ajude em alguns serviços de casa, ou a dar um banho, do que a pessoa precisa viver em uma casa de repouso”.
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