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Nem todo mundo vivencia a dor no peito característica do infarto. Sinais diferentes acometem principalmente mulheres (Foto: Bigstock)
Nem todo mundo vivencia a dor no peito característica do infarto. Sinais diferentes acometem principalmente mulheres (Foto: Bigstock) | Foto:

Nem todo mundo segura o peito com a mão enquanto cai lentamente ao chão quando se está infartando — como se vê tipicamente em novelas, filmes e seriados. Para algumas pessoas, o infarto apresenta sinais bastante diferentes, nem sempre percebidos, o que eleva o rIsco de sequelas e até de morte.

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No Brasil, todos os anos, 300 mil pessoas sofrem infartos e, em 30% dos casos, o evento cardíaco é fatal, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em lembrança ao Dia Mundial do Coração,  neste 29 de setembro, o Viver Bem alerta para os diferentes sinais que podem indicar um infarto, mas que facilmente passam despercebidos pelas vítimas.

Indigestão?

Dos sintomas atípicos relatados pelos pacientes, o médico cardiologista João Vítola alerta que podem parecer sinais de indigestão. “Sintomas mal definidos na parte superior do abdome, na parte gástrica. Acompanhada de falta de ar, mas não dor. A pessoa acha que comeu algo que fez mal e se sente cansada”, diz o também presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC).

Ainda que apresente dor na chamada “boca do estômago”, o paciente também tende a apresentar palpitações e falta de ar ou dificuldade para respirar, associado a náusea, vertigens e desmaios. São indicações que confundem, porque se assemelham a outras condições, nem sempre tão graves quanto o infarto.

“Intolerância progressiva para atividades e esforços que são habituais do paciente. Dor no lado direito do peito e nas costas, variações de pressão arterial associada a esses sintomas, além de sudorese e palidez são os sinais mais frequentemente apresentados por pacientes com quadro atípico”, explica Julyana Zaninelli Maiolino, médica cardiologista do hospital VITA.

Pessoas em risco

Embora os sinais atípicos  apareçam com mais frequência entre as mulheres, tanto elas quanto os homens estão sujeitos a manifestarem esses sintomas. Assim, visitar o médico cardiologista com frequência e manter um check-up anual, associado a uma mudança nos hábitos de vida, ajuda no combate a um evento cardíaco.

“O alerta é: para pessoas que tem uma história familiar de infarto precoce, em mulheres antes dos 65 anos e homens antes dos 55, é preciso que fiquem atentas se os sintomas cardíacos também desenvolvem”, diz João Vítola.

Também é preciso que fiquem com a atenção redobrada outros grupos considerados de risco, entre eles os idosos, tabagistas, pacientes diabéticos, imunossuprimidos, e pacientes que já foram submetidos a cirurgias cardíacas. Entre eles, a apresentação atípica do infarto é mais comum.

Em pacientes com fatores de risco cardiovascular para doença coronariana, mesmo que não se enquadrem nesses perfis, todo sintoma deve ser investigado, pois não há uma regra“, reforça Julyana Zaninelli Maiolino, médica cardiologista.

As doenças associadas do paciente tendem a afetar esses sintomas diferentes, bem como o tempo de evolução das comorbidades. “Acredita-se que fatores individuais como sensibilidade de cada paciente à dor, e fatores hormonais ainda não conhecidos de forma absoluta podem estar envolvidos [nesses sintomas atípicos]”, explica Maiolino.

Sinais mais comuns

Embora seja importante conhecer os indícios diferentes de um infarto, eles são, como o nome já relata, atípicos ou incomuns. Vale relembrar também quais são os mais comuns, conforme lista João Vítola, médico cardiologista:

Para homens e mulheres:

Dor no peito. Em aperto, quando o batimento cardíaco aumenta, seja porque a pessoa está fazendo um esforço físico ou experienciou uma emoção forte.

Peso no peito. A dor tende a aparecer no centro do peito, como se houvesse um peso impedindo a movimentação do paciente.

Dor irradiada. Em geral, a dor passa do peito e irradia para o braço esquerdo e pescoço, podendo correr para a parte posterior do tórax ou mesmo do lado direito do corpo.

Palidez. Paciente tende a ficar pálido, além de apresentar sudorese (suor) profunda e náusea.

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