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Entre os idosos, especialmente os mais velhos ou com doenças crônicas associadas, os sintomas das infecções variam entre confusão mental, hipotermia e mudanças importantes no comportamento. Foto: Bigstock.
Entre os idosos, especialmente os mais velhos ou com doenças crônicas associadas, os sintomas das infecções variam entre confusão mental, hipotermia e mudanças importantes no comportamento. Foto: Bigstock.| Foto:

Febre e mal estar são os sinais típicos de  infecções que tomam conta do organismo, mas não valem para todas as faixas etárias.

Entre os idosos, especialmente os mais velhos ou com doenças crônicas associadas, os sintomas das infecções variam entre confusão mental, hipotermia (redução considerável da temperatura) e mudanças importantes no comportamento.

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“O idoso pode ter ainda sonolência e fraqueza geral. Nos pacientes com alguma dificuldade cognitiva, pode ter redução nos níveis de consciência e, um sinal de uma infecção mais grave é, ao invés da febre, uma hipotermia, e hipoglicemia. Pode ter ainda confusão mental, agitação, agressividade e até mesmo uma queda do paciente é uma manifestação em potencial de infecção em idoso”, explica Rodolfo Pedrão, médico geriatra do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR).

A mudança na apresentação dos sintomas confunde os familiares, que tentam buscar outras explicações para esses sinais. Isso atrasa o diagnóstico e, quem sofre, é o próprio paciente idoso. De acordo com José Mário Tupiná Machado, médico geriatra do hospital Marcelino Champagnat e professor de geriatria da PUCPR, as mudanças no envelhecimento são lentas e gradativas – e ninguém apresenta demência de um dia para outro.

“É importante que a família tenha consciência que as mudanças de aparência, de comportamento, de rotina sempre precisam ter uma explicação. Sempre precisam buscar uma explicação para elas. Não pode ficar achando que é da idade. Qualquer mudança deve ser checada porque pode ser, entre outras coisas, uma infecção“, reforça Machado.

ALERTA aos sintomas de infecções nos idosos:

Fique atento aos seguintes sinais, de acordo com orientações dos médicos geriatras José Mário Machado e Rodolfo Pedrão:

  • Mudança de comportamento. Se, de repente, o idoso que era agitado, participativo ou brincalhão se torna apático, prostrado, se isola ou se irrita com facilidade, fique de olho. O contrário também é verdadeiro: de alguém menos para mais agitado.
  • Confusão mental e alucinações. Nem sempre uma falha de memória ou confusão é sinal de demência, mas pode indicar uma infecção não diagnosticada.
  • Hipotermia. Em infecções mais graves, ao invés de aquecer, o corpo tende a se resfriar, podendo levar a um quadro de hipotermia.
  • Sonolência e redução dos níveis de consciência. Especialmente nos pacientes com dificuldades ou déficit cognitivos, as infecções podem levar a uma maior sonolência e até reduzir a consciência.

Doenças importantes

Se o idoso tiver, concomitantemente à infecção, doenças que comprometem a imunidade, ou doenças debilitantes, como demências em estágio avançado, diabetes, doenças cardíacas e pulmonares, o risco de ter sintomas mais atípicos é maior.

“Infecções em geral podem causar esses sinais atípicos, mas as infecções mais prevalentes entre os idosos são pneumonia, infecção urinária e de pele“, explica José Mário Machado, médico geriatra do hospital Marcelino Champagnat.

Como evitar?

A melhor forma de evitar as infecções, segundo o médico geriatra Rodolfo Pedrão, se dá pelo cuidado com a saúde em geral do idoso, o que perpassa significa prezar por uma alimentação saudável, atividades físicas e vacinação.

“É importante lembrar das vacinas porque estamos na época da vacinação contra a gripe. Alguns idosos recebem a indicação de tomar também, especialmente quem está tratando de doenças crônicas, as vacinas contra a pneumonia e o herpes zóster. Mas a vacina contra a gripe é fundamental, se não tiver nenhuma contraindicação”, diz o especialista que também faz parte da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

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