Saúde e Bem-Estar

Redação

Mãe dá à luz no quintal de casa e vídeo viraliza nas redes sociais

Redação
25/07/2018 18:00
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(Foto: reprodução Youtube)

Sarah Schmid acaba de se tornar mãe pela sexta vez e, como opção de parto, decidiu dar à luz no quintal de casa – com o marido transmitindo o nascimento via Youtube. A alemã, que vive atualmente na França, é adepta do parto em casa, e a maioria dos seus filhos nasceu também na residência, em espaços como o parquinho no quintal, em um barril d’água e na sala de estar – embora um deles tenha nascido no meio de uma floresta.
Médica formada, Sarah diz que sempre se sentiu mais confortável na natureza e se inspirou a dar à luz em espaços ao ar livre quando viu que outras pessoas faziam o mesmo. No vídeo, que dura aproximadamente meia hora, a médica está ao lado de uma cama elástica e de uma casinha infantil com escorregador, no quintal de casa.
Ao lado dela não há qualquer parteira ou doula, ou outro profissional da saúde, que poderiam ajudar no momento do parto. Ela explica na descrição da imagem que esse é o nascimento do sexto filho, chamado de Kiran – foi o quinto sem qualquer tipo de assistência, mas o primeiro em que ela não conseguiu segurar o bebê a tempo, que vai ao chão tão logo expulso do útero.
As imagens são fortes e os primeiros sinais do nascimento surgem a partir do minuto 14:16. Kiran nasceu em setembro de 2016, mas só agora o vídeo ganhou repercussão pela imprensa internacional.
(Foto: reprodução Youtube)
(Foto: reprodução Youtube)

Parto em casa: risco e vantagens

Embora seja essencial que a mulher esteja bastante confortável com o plano de parto escolhido, ter um bebê em casa carrega riscos importantes, que devem ser avaliados pela gestante. Apenas mulheres saudáveis e com gestação de baixo risco podem optar por esse tipo de parto e, para garantir a segurança, o parto em casa só deve ocorrer se ultrapassar a 37ª semana de gravidez.
As orientações foram repassadas pela parteira Adelita Gonzalez, que já realizou mais de mil partos ao longo de 14 anos de profissão e conversou com o Viver Bem para uma matéria sobre partos em casa, que você pode ler aqui.
Quem tem diabetes, hipertensão, problemas renais ou cardíacos não tem essa alternativa. Em alguns casos, há risco de que doenças como a pré-eclâmpsia (hipertensão) interrompam o plano do parto em casa.

Confira abaixo as principais dúvidas relacionadas ao parto em casa:

Quanto custa?
No Brasil, os valores variam entre R$ 4 a R$ 10 mil. Em Curitiba, o preço médio fica entre R$ 5.500 a R$ 6.500 reais. O pacote inclui as consultas domiciliares do pré-natal, o dia do parto com toda a assistência da equipe de enfermagem, consultas do pós-parto – que podem ser de duas a três – e o primeiro atendimento do pediatra.
É obrigatório ter uma doula?
Não. Como a função da doula é fornecer apoio emocional e informativo à gestante, fica a critério dela optar pelo serviço ou não. E, ao contrário do que muita gente pensa, as doulas não têm permissão de realizar partos ou qualquer procedimento médico – elas podem apenas acompanhar o processo. (veja aqui quais maternidades de Curitiba aceitam doulas)
Preparação da casa
Não é preciso muito: um espaço em que a gestante se sinta confortável, de preferência aquecido, com banheira ou piscina inflável e lençóis plásticos. Outros equipamentos, como balão de oxigênio e kit de primeiros socorros, são de responsabilidade da equipe que vai atender ao parto.
O ambiente deve estar limpo, mas não precisa ser esterilizado. O risco de infecção torna-se uma ameaça quando a mulher passa muitas horas em trabalho de parto depois que a bolsa se rompe. Isso porque, ao longo das horas, as bactérias naturais da vagina – benéficas para a região – passam a fazer mal ao bebê, causando infecção.
Estima-se que 24 horas é o tempo máximo que pode-se esperar depois de rompida a bolsa, mas a recomendação é ir para o hospital após 12 horas de trabalho de parto.
O parto
Cada parto é único e pode levar tempos diferentes para acontecer. Os partos mais longos, porém, são os mais incomuns. Se durante o monitoramento da gestante e do bebê tudo estiver bem, não há por que se assustar. A cada período de tempo, os profissionais conferem a pressão e temperatura da mãe, assim como os batimentos cardíacos do bebê.

Quando ir ao hospital?

São três as razões que levam a uma mudança de planos durante o parto domiciliar: quando a mãe opta por analgesia, quando o parto não evolui e é necessário fazer uma intervenção ou, em casos extremos, quando há uma emergência. Nesta situação, a transferência até o hospital é feita através do SAMU. Nos outros casos, o transporte fica por conta dos pais.
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