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Mais forte que TPM, transtorno menstrual causa agressividade excessiva

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02/11/2019 13:00
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Caso a mulher desconfie da síndrome, é indicado procurar um psiquiatra. Foto: Bigstock.

Dois terços das mulheres em idade fértil apresentam pelo menos um dos sintomas físicos, emocionais ou comportamentais da tensão pré-menstrual (TPM).
Menos conhecida, uma doença mais grave chamada Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) atinge de 3% a 8% das mulheres e exige tratamento com antidepressivos.
A TDPM se caracteriza por sintomas emocionais e comportamentais que podem prejudicar de forma mais intensa a rotina da mulher.
A principal característica é a agressividade em excesso, como explica a psiquiatra Carmita Abdo.

“Uma mulher que sofre de TDPM tem um humor irritável. Ela fica irascível. Tem dificuldade de se relacionar. A funcionalidade dela fica muito comprometida e ela não consegue produzir”, afirma a médica.

Neste caso não se trata apenas de uma baixa hormonal que provoca mudanças no corpo da mulher, como a TPM.
É algo mais sério caracterizado na medicina como um ato depressivo cíclico, que vai acontecer recorrentemente no período pré-menstrual.
“Tem que tratar como depressão, com uso contínuo de medicamentos”, afirma a médica.
A causa da TDPM está associada a uma má resposta das células nervosas em relação a serotonina, neurotransmissor responsável pelo humor e regulação do sono.

Ainda não está claro porque acontece esse tipo de alteração, mas o desequilíbrio pode estar associado ao histórico de depressão familiar. A própria depressão comum deriva da disfunção da serotonina no sistema nervoso.

Caso a mulher desconfie que sofre de TDPM, é indicado buscar a ajuda de um psiquiatra.
Somente com o exame clínico e uma série de exames complementares o profissional pode indicar se é mesmo necessário o tratamento com antidepressivos.
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