Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Câmpus de Rio Claro (Unesp), em São Paulo, descobriram que os benefícios dos exercícios físicos para os idosos atingiram os neurônios. Com o passar da idade, as funções cognitivas, como a memória, vão se perdendo, e esse comprometimento está relacionado a alterações de proteínas no sangue. Essas proteínas influenciam na formação das placas amiloides no cérebro, que geram inflamações e contribuem com a degeneração dos neurônios – especialmente quando associadas a péssimos hábitos de vida. Com isso, o risco em desenvolver a doença de Alzheimer aumenta em até quatro vezes.
Em um programa de 16 semanas, ou quatro meses, os pesquisadores mediram quanto os exercícios físicos poderiam alterar a concentração das proteínas inflamatórias na massa cinzenta dos idosos. Divididos em quatro grupos, de acordo com a presença ou não do comprometimento cognitivo e levando em conta o hábito de praticarem exercícios previamente, os idosos praticaram 180 minutos semanais de atividades físicas.
Ao fim do estudo, foram observadas melhorias nas condições de todos os idosos, independentemente da presença da alteração genética. Os resultados foram benéficos, inclusive, entre os idosos que tinham os primeiros sinais de demência antes do estudo. Os exercícios mostram-se como um freio no processo de inflamação e degeneração cerebral.
Prêmio
O projeto “A influência de marcadores genéticos específicos sobre os efeitos do exercício físico na inflamação e no neurotrofismo em idosos com comprometimento cognitivo leve” foi vencedor do Prêmio SAÚDE, iniciativa da revista SAÚDE e da Editora Abril. Saiba mais sobre a pesquisa aqui.
