Saúde e Bem-Estar

Aprender idiomas é melhor do que fazer tricô

Carla Rocha
03/01/2016 09:00
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Tricotar e bordar são atividades mecânicas, que não desenvolvem o cérebro. Fazer cursos de idioma é o que faz com que se exercite a mente, ajudando a manter a rapidez de pensamento, a clareza de ideias e a boa memória, que passam a falhar com o passar dos anos. Dominar outra língua abre oportunidades para visitar países e conhecer novas e diferentes culturas.
Quanto mais se trabalha o cérebro, principalmente em áreas diferentes da rotina, mais se aumenta a neuroplasticidade, que é a capacidade do sistema nervoso de fazer novas ligações entre os neurônios, diz a médica geriatra Débora de Alcântara Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia-PR.
Em um curso de idiomas são desenvolvidas habilidades de leitura, escrita e da aprendizagem de algo novo, uma atividade em que a estimulação do cérebro é bastante variada. Diferentemente daquelas tidas como mecânicas que exigem pouco esforço mental, como é o caso do bordado ou tricô. Estudos mostram ainda que pessoas com alta escolaridade têm menor incidência de Alzheimer, porque contam com maior reserva cognitiva devido ao estímulo do cérebro ao longo da vida. Conseguem assim manter mais facilmente a memória atual.
Experiência
Além do curso de idiomas, outras atividades cognitivas são recomendadas. Aulas de música e o hábito da leitura também fazem com que os problemas de memória sejam amenizados. “Sair da rotina faz muito bem para os mais velhos”, reforça a presidente da SBGG-PR, sobre a questão social e emocional.