Saúde e Bem-Estar

Ficar menos tempo sentado amplia a longevidade

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo
03/05/2016 16:00
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Mais de 430 mil mortes poderiam ser evitadas a cada ano no mundo apenas com a redução do tempo em que se permanece sentado. A constatação surgiu de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Segundo a pesquisa, ficar muito tempo sentado diminui a expressão de óxido nítrico do organismo, relacionado com algumas funções celulares e ao aumento do estresse oxidativo.
O resultado disso é o aumento do risco de alterações cardiovasculares e a diminuição da ativação da enzima lipase lipoproteica, considerada importante no metabolismo oxidativo, no controle de triglicérides, do colesterol, entre outros fatores de risco metabólicos. O total de mortes que podem ser evitadas com a simples atitude de se levantar mais durante as atividades diárias representa cerca de 4% dos óbitos anuais registrados no mundo.
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O ideal é diminuir em cerca de três horas o tempo em que se fica sentado a cada dia, mas reduções simples também podem influenciar na melhoria da saúde pública. O estudo foi elaborado pelo físico Leandro Fórnias Machado de Rezende, com os pesquisadores Juan Pablo Rey-López e Juliana Yukari Kodaira Viscondi, da Faculdade Medicina da USP; Thiago Hérick de Sá e Leandro Martin Totaro Garcia (Faculdade de Saúde Pública da USP), e Grégore Iven Mielke, da Ufpel.
Os pesquisadores publicaram artigo sobre o tema no American Journal of Preventive Medicine. O estudo teve ênfase em dois dados: tempo médio mundial de permanência na posição sentado e o aumento do risco de morte associado a este tempo.