Saúde e Bem-Estar

Singapura tem primeiro bairro adaptado para idosos

Anna Carolina Amaral especial para a Gazeta do Povo
25/02/2016 16:53
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Idosos analisam empreendimentos imobiliários em Yishun - Fotos: Reprodução

A região de Yishun foi escolhida para ser o primeiro bairro adaptado para idosos, em Singapura, por ter uma alta concentração de membros da terceira idade. No bairro, 1 em cada 4 residentes tem mais de 65 anos. O local também é próximo de um hospital e geograficamente protegido.
O projeto começou com uma parceria entre o Khoo Teck Puat Hospital (KTPH) e a Lien Foundation, juntamente com a Prefeitura de Yishun, com o objetivo de que os idosos e pessoas com demência se sintam à vontade na comunidade. Para isso estudantes, voluntários e equipes de atendimento ao público em lojas, restaurantes, hospitais e igrejas, foram treinados para saber interagir com os idosos, segundo o jornal “Straits Times”.
De acordo com estatísticas do Institute of Mental Helth, uma em cada 10 pessoas em Singapura, com 60 anos ou mais, sofre de demência e até 2030 esse número deve dobrar.
“Frequentemente o idoso é estigmatizado. A vergonha é exacerbada quando as pessoas não entendem os sintomas e acabam reagindo mal”, disse o diretor-executivo da Fundação, Lee Poh Wah, ao jornal.
O projeto deve ser levado a outros bairros, criando mais comunidades adaptadas, para que os idosos possam continuar vivendo em suas casas em vez de hospitais ou asilos. Além disso, será lançada a campanha National Senior’s Health que tem como objetivo introduzir um estilo de vida saudável e ativo nas comunidades, para que os membros da terceira idade se sintam aptos a voltar ao trabalho.
O ministro da saúde Gam Kim Yong afirmou: “o importante é criarmos mais oportunidades para nossos idosos trabalharem. Nós estamos vivendo muito mais, e somos mais funcionais e saudáveis. Muitos idosos gostariam de continuar trabalhando para se sentirem úteis e ativos, além de poderem economizar mais antes de se aposentarem”.
Hogewey Village – Holanda
Em 2013 a Holanda criou uma mini-cidade para acomodar pacientes com Alzheimer, que ao invés de serem hospitalizados, podiam viver livremente.
O local possuia restaurantes, mercados, salões de beleza e todas as pessoas que trabalhavam nestes estabelecimentos eram profissionais da área de saúde, médicos, enfermeiros ou assistentes sociais.
No entanto esse projeto tinha custos similares aos cobrados nas terapias tradicionais.