Vida longa juntos

Se isolar socialmente não é a melhor atitude para quem envelhece. Manter o corpo e a mente sempre em atividade é o ideal para não ter a qualidade de vida deteriorada após se aposentar.

O quase isolamento nesta fase da vida não é um envelhecimento saudável e pode trazer graves danos à saúde. “Nessa fase, é importante que as pessoas idosas busquem oportunidades de desenvolvimento da autonomia e a construção de novos projetos de vida”, orienta a diretora de proteção social básica da Fundação de Ação Social (FAS), Ana Luiza Suplicy Gonçalves.

Participar de atividades em grupo amplia a rede social e possibilita, inclusive, um melhor enfrentamento às situações de crise. “Integrar um grupo traz o sentimento de pertença, importante para qualquer pessoa, especialmente nessa faixa etária”, acrescenta.

Com o passar dos anos, o corpo começa a dar importantes sinais que podem ser postergados com simples práticas que estimulam e incentivam a aprendizagem. São atividades que trabalham com o bem-estar físico e emocional e, ainda, auxiliam na memorização. Para a educadora física e sócia da Vivere Bene – Atividades para Terceira Idade, Alessandra Privado, a ideia é incentivá-los a participarem de espaços de convivência com outras pessoas da mesma idade. “O objetivo, além de ocupar os idosos com atividades saudáveis e prazerosas, é promover a convivência social, que considero tão importante quanto às atividades em si”, diz.

Para a doutora em educação e professora do programa de Mestrado do Centro Universitário Uninter, Luana Wunsch, as instituições de ensino formal devem compreender as necessidades específicas desses alunos e enxergá-los como parceiros e protagonistas em sala de aula. “É necessário valorizar o que as pessoas dessa idade já aprenderam, como mudanças tecnológicas e relações humanas. Eles também podem ser os protagonistas trazendo para os jovens as experiências de vida que eles ainda não tiveram”, encerra.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030 a população de pessoas com mais de 60 anos deve atingir a marca dos 41,5 milhões. Com isso, muda o perfil e a forma como elas se relacionam com a sociedade. Aquela ideia de vovô e vovó sem vigor deixa de existir para dar espaço aos jovens idosos para quem a vida está longe de chegar ao fim.

Idosos curitibanos em vulnerabilidade e risco social podem recorrer às unidades do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), que têm o objetivo de fortalecer a convivência desses idosos com a comunidade e a família. Cadastrando-se em uma das 45 unidades, que contam com 126 grupos, eles são encaminhados para realizar atividades artísticas, culturais e de lazer nos Centro de Atividades para Idosos.

Confira cursos para a terceira idade:

Senac
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial oferece curso na Unidade Centro (Rua André de Barros, 750) de Internet e Facebook, com turmas a partir de 4 de maio. Preço: R$342. Informações: www.pr.senac.br ou pelo 0800 643 6346.

Sesc
O Serviço Social do Comércio oferece, na Unidade Água Verde (Av. República Argentina, 944): Coral, Teoria Musical, Teatro de Revista, Tardes Dançantes, Ginástica, Artesanato, Oficina Tempero e Sabor. Preço: de gratuitas até R$70. Informações: www.sescpr.com.br ou pelo (41) 3340-2450. Na Unidade Centro (Rua José Loureiro, 578), os cursos são: Bola agarrada (foto), Caminhada, Tardes Dançantes e Artesanato. Preço: de R$20 a R$64. Informações: www.sescpr.com.br ou pelo (41) 3304-2266

Vivere Bene – Atividades para Terceira Idade
O espaço oferece em sua sede, (Rua Cel. Brasilino Moura, 684), os cursos: Dança, Pilates de Solo, Ginástica Funcional, oficinas de literatura, palavra e memória, música e artesanato. Periodicamente, há passeios e festas. Preço: mensalidades de R$165 a R$310. Informações: www.viverebene.com.br ou (41) 3209-5152

Instituto IBGPEX
O braço de responsabilidade social do Grupo Uninter (Campus Garcez – Rua Luiz Xavier, 103) oferece: Rompendo Fronteiras (computador e internet) e Musicalização. Preço: gratuito. Informações: ww.ibgpex.org.br