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Caso os sintomas de mal estar persistam ao longo dos dias, talvez sejam sinais de que a pessoa, ao se vacinar, já estava com o vírus da gripe. Foto: Bigstock.
Caso os sintomas de mal estar persistam ao longo dos dias, talvez sejam sinais de que a pessoa, ao se vacinar, já estava com o vírus da gripe. Foto: Bigstock.| Foto:

Prevista para ir até 31 de maio, a campanha de vacinação contra a gripe pretende atingir 59,5 milhões de pessoas este ano, entre crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, professores das escolas públicas e privadas, indígenas e população privada de liberdade.

Para essas pessoas que compõem os grupos prioritários a vacina contra a influenza está disponível gratuitamente nas unidades de saúde do SUS. Até agora, mais de 33 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe em todo o país. O número significa 56% do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.

Preparamos um material em vídeo especial para os assinantes da nossa Newsletter com um tira-dúvidas sobre a vacina.

Confira abaixo:

Os estados com maior cobertura até o momento são: Amazonas (88,8%), que iniciou a campanha antes por apresentar surto da doença, Amapá (83,81%), Espírito Santo (69,4%), Alagoas (66,1%) e Rondônia (66%). Preocupa os estados com menor cobertura, como o Rio de Janeiro (38,3%) Acre (45%), São Paulo (48,8%), Pará (50%) e Roraima (51,8%).

Dúvidas sobre as reações

A sensação de mal estar que pode surgir depois da imunização é comum, e até mesmo esperada pelos médicos e especialistas. Febre, dor no local da aplicação e mal estar são sinais que o organismo está produzindo os anticorpos necessários para o combate à doença, e não são, como o senso comum faz acreditar, sintomas de uma doença causada pela vacina.

Para quem está ainda pensando em se vacinar mas tem medo das reações, é bom ficar atento que, por ser produzida a partir do vírus inativado, ou “morto”, a vacina contra a gripe é incapaz de produzir a gripe.

Mas, quando em contato com esse componente do imunizante, o organismo gera uma resposta — que é esperada e positiva à saúde, conforme explica Myrna Campagnoli, médica endocrinologista e diretora médica do laboratório Frischmann Aisengart.

“É uma reação bem comum, porque no momento em que o antígeno é injetado, o corpo vai gerar uma reação a esse corpo estranho, que pode ser um vírus atenuado ou uma cápsula do vírus/bactéria. O organismo identifica o corpo estranho e produz anticorpos, gerando uma reação inflamatória. É essa reação inflamatória do corpo que pode produzir a febre, o mal estar e a dor no local, pois mostra a reação do organismo”, explica.

Pessoas mais sensíveis, cuja imunidade seja mais exacerbada, podem responder de forma mais intensa à vacina, e apresentar um mal estar maior que em outras. “É esperada uma febre baixa, menor que 38ºC, um mal estar geral, que não limite as atividades do dia a dia e uma dor local que também não impeça a pessoa que manter as tarefas diárias. Essas são reações normais, que duram no máximo 48 horas. Qualquer reação mais intensa, ou que dure mais que isso, precisa de um contato médico”, reforça a médica.

Alergia à vacina?

A cada um milhão de imunizantes aplicados, apenas uma pessoa poderá ter uma reação alérgica grave à vacina devido aos componentes presentes no produto, como a proteína do ovo. Antes que os alérgicos ao alimento se preocupem, porém, o médico hospitalista do hospital São Vicente, de Curitiba, Reginaldo Oliveira Filho, explica: não são reações comuns e a concentração da proteína no imunizante é baixíssima.

“Até para esses pacientes que são alérgicos à proteína do ovo, temos hoje produtos com menor concentração para eles. Essas reações alérgicas não contraindicam a vacinação. Hoje em dia temos muita informação equivocada na internet, nas mídias sociais, associando as vacinas a efeitos negativos, como autismo ou esclerose múltipla, que não são verdades. Não é isso que a evidência científica apresenta”, reforça o médico.

Vera Rita da Maia, enfermeira da divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Secretaria de Saúde do Paraná, concorda e reforça: “[reação alérgica aos componentes da vacina] é algo muito raro, em qualquer vacina. A quantidade da proteína na vacina é mínima. Se alguém acha que não pode tomar a vacina da gripe por conta da alergia ao ovo, essa mesma pessoa não poderia comer pão, nem bolo, porque tem ovo. Os eventos adversos pós-vacinação são acompanhados pela secretaria estadual e pelo ministério da Saúde. As vacinas do programa nacional de vacinação são muito seguras.”

Será reação ou outra doença?

Caso os sintomas de mal estar persistam ao longo dos dias, talvez sejam sinais de que a pessoa, ao se vacinar, já estava com o vírus da gripe (ou, como é mais comum, do resfriado) incubado no organismo.
Conforme alerta Myrna Campagnoli, médica endocrinologista, é importante que, no caso da vacina contra a gripe, a população se imunize antes do Dia das Mães (segundo domingo de maio).

“O corpo leva de quatro a seis semanas para fazer a imunização completa. Se a pessoa deixar para se vacinar depois de maio, entra nos meses mais frios, junho e julho, desprotegidos. O ideal é que a vacinação aconteça o quanto antes”, reforça.

Sinais de alerta

Fique atento se, depois da vacinação, você sentir os seguintes sintomas, e busque por auxílio médico, se for o caso:

Febre muito alta, acima de 38ºC, e persistente;
Vermelhidão intensa pelo corpo;
Dificuldade respiratória;
Mal estar limitante;
Dor de cabeça intensa (após a vacina da febre amarela).

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