Saúde e Bem-Estar

Entenda a importância do Teste do Pezinho para o desenvolvimento da criança

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo
06/06/2016 15:56
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6 de junho é o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A data foi instituída pelo Ministério da Saúde devido à importância para a detecção precoce de algumas doenças sérias que podem afetar o desenvolvimento da criança. O teste integra o exame de triagem neonatal, obrigatório e gratuito no Brasil há mais de 20 anos.
A versão básica do Teste do Pezinho é oferecida na rede pública de saúde de todo o país e atualmente detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Na rede privada são oferecidas também as versões do teste conhecidas como Mais e Super, que podem diagnosticar outras patologias.
O exame precisa ser feito 48 horas após o nascimento e até o quinto dia de vida do bebê. A neonatologista Graziela Lopes del Bem, do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz, de São Paulo, explica que o prazo de dois dias é fundamental para que o organismo do bebê se estabeleça e possibilite a detecção das doenças. A Sociedade Brasileira de Imunizações alerta que prematuros precisam voltar à maternidade após 30 dias para uma nova etapa de exames.
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Como é feito – É retirada uma amostra de sangue do calcanhar do bebê posteriormente enviada para análise. A coleta da região do calcanhar se deve ao grande fluxo sanguíneo nesta parte do corpo. Em seguida o sangue é colocado em papel tipo mata-borrão e encaminhado ao laboratório.
Os resultados geralmente ficam prontos no prazo de uma semana. Quando há detecção de alterações é realizado o reexame para confirmação e iniciado o tratamento.
Doenças diagnosticadas:
Fenilcetonúria – Causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina, pode causar deficiência mental se houver acúmulo no organismo.
Hipotireoidismo congênito – Ocorre devido à insuficiência do hormônio da tireoide. A falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico.
Fibrose cística – Incurável, essa doença é causada pelo aumento da viscosidades das secreções e propicia infecções respiratórias e gastrointestinais ao atacar pulmões e pâncreas.
Anemia falciforme e outras hemoglobinopatias – Quando existe alteração da hemoglobina que dificulta a circulação. Pode afetar quase todos os órgãos e causar anemia, atraso no crescimento, dores e infecções generalizadas. Essa enfermidade também não tem cura.
Hiperplasia adrenal congênita (HAC) – Doença genética em que as duas glândulas suprarrenais localizadas em cima dos rins não funcionam corretamente. O mau funcionamento prejudica a produção de hormônios como o cortisol e a aldosterona, essenciais para o corpo.
Deficiência de biotinidase – Também doença genética, ocorre quando o organismo não é capaz de obter a enzima biotinidase. Esse fator impede que os alimentos sejam processados ou metabolizados pelo organismo.