Saúde e Bem-Estar

Da poupança ao enxoval, como planejar a chegada do bebê

Amanda Milléo
01/01/2016 22:00
Thumbnail

Foto: Bigstock

As prioridades econômicas quando se descobre que o casal está grávido passam pela segurança e saúde da mãe e do bebê. Depois disso, é hora de pensar no enxoval e deixar de lado as compras sem necessidade urgente, como mimos e roupinhas fofas, que podem prejudicar a economia da família. Confira o que exige prioridade e o que pode ser deixado para depois da gestação:
Cobertura do plano
Se não tiver um plano de saúde, é importante fazer um, caso não queira depender do atendimento público. Embora o plano possa não cobrir o nascimento, devido ao período de carência, vai dar cobertura aos primeiros meses do bebê, que exigem exames, consultas médicas e por vezes medicamentos. Planos pequenos podem não suportar gastos muito grandes. Fique atento também à abrangência: se a pessoa mora em uma cidade, mas planeja fazer o parto em outra ou está de mudança, um plano nacional ou estadual é melhor.
Médico de confiança
Buscar um médico de confiança é essencial para reduzir os custos. Permanecer com o mesmo médico evita o pagamento de exames repetidos a cada nova consulta com profissionais diferentes. Além disso, ter apenas um médico permite que ele conheça todo o histórico da família, os receios e desejos, e que a acompanhe do início ao fim da gestação.
Trocar de carro
Estava pensando em mudar de casa ou trocar o carro? Abandone a ideia por um tempo. Os primeiros anos do bebê exigem muito financeiramente. Prefira reformar um quarto pequeno, permanecendo na mesma casa e com o mesmo carro, até que seja necessário trocá-lo, depois do segundo ano da criança.
Organize as contas
Monte uma planilha com os gastos antes da gravidez e compare. Se o casal era acostumado a sair bastante para jantar ou para baladas, esses gastos serão substituídos pelos custos da criança. Muitos casais acham que as despesas aumentam muito, mas na verdade elas apenas se substituem.
Não despreze o chá de fralda
Se a família vier com a ideia de promover um chá de bebê, recuse. Agora, se for um chá de fralda, aceite. No chá de bebê, a futura mamãe normalmente ganha presentes desnecessários, como diferentes chupetas e mamadeiras, ou mesmo brinquedos que a criança só vai aproveitar meses depois. Em um chá de fralda, por outro lado, os pais poderão fazer um estoque de fraldas que dure boa parte dos anos, até que a criança mude para o penico. Se o casal convidar cerca de 60 pessoas, cada uma levando um pacote com 30 unidades, será possível juntar quase 2 mil fraldas.
Deixe os mimos e produtos mais caros para lá
É preciso um pouco de cuidado com a empolgação da gravidez. Deixe para as avós e tias os presentes mais caros e mimos, visto que o casal será responsável por sustentar a criança pelos próximos 20 anos, pelo menos.
Poupança
De surpresas, bastam as que surgem com a gravidez. Evite situações desconfortáveis financeiramente, como perder uma renda, e comece a cortar gastos e a fazer uma poupança. Não pense que separar R$ 10 todo mês é pouca coisa. Calcule os benefícios em médio e longo prazo de uma economia mensal, desde que seja disciplinada, como o investimento na educação ou no lazer do filho. Além da poupança, também é indicado investir no Tesouro Direto, considerado estável e confiável.
Fontes: Carlos Alberto Ercolin, professor de finanças do Instituto Superior de Administração e Economia da Faculdade Getúlio Vargas (ISAE/FGV) e Ana Paula Cherubin, diretora do setor de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Paraná.