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Doença associada ao uso do cigarro eletrônico ganhou nome nos Estados Unidos Foto: Bigstock.
Doença associada ao uso do cigarro eletrônico ganhou nome nos Estados Unidos Foto: Bigstock.| Foto:

Quase 1,3 mil norte-americanos foram acometidos neste ano por uma doença misteriosa, associada ao uso do cigarro eletrônico, ou vape (termo em inglês para o equipamento eletrônico).

Além da relação com o e-cigarette e os sintomas respiratórios graves, os médicos que atendem esses pacientes e as autoridades de saúde ainda não sabem explicar quais são as causas efetivas da doença, mas um passo importante foi dado esta semana.

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Em um relatório divulgado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês), a condição respiratória ganhou um nome: EVALI. A sigla, em inglês, representa “E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury”, ou lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico ou produto para vapear.

Ao lado do nome, os médicos ganharam também um guia de como fazer o atendimento de pacientes com a mesma condição. Além dos 1.299 pacientes acometidos, 26 pessoas morreram por causa da doença. E novos casos continuam a surgir a cada semana.

Sinais de atenção

Ainda conforme o relatório do CDC, médicos devem ficar atentos aos seguintes sintomas:

  • Sintomas respiratórios, como tosse, dor no peito e falta de ar;
  • Sintomas gastrintestinais, como dor abdominal, náusea, vômito e diarreia;
  • Febre, calafrios, perda de peso.

95% dos pacientes diagnosticados com EVALI inicialmente apresentaram sintomas respiratórios, e 77% deles tinham sintomas gastrintestinais, de acordo com o CDC. Em alguns pacientes, os sintomas gastrintestinais surgiram antes dos respiratórios. Esses sintomas eram acompanhados de febre, calafrios e perda de peso em 85% dos pacientes. 

“EVALI é considerado um diagnóstico por exclusão porque, no presente momento, não há nenhum teste específico ou marcador. Todos os profissionais de saúde que estiverem avaliando pacientes com suspeita de EVALI devem perguntar sobre o uso de cigarros eletrônicos ou vaping e idealmente devem questionar sobre o tipo de substâncias usadas; a fonte do produto; a marca ou nome do produto; duração e frequência de uso; quando foi o último uso; o sistema de entrega do produto e o método”, reforça o órgão.

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É hora de largar o cigarro eletrônico?

Como orientação à população, o CDC recomenda que quem fizer uso de cigarro eletrônico, seja da forma como for, que suspenda o hábito.

“Esse surto pode ter mais de uma causa, e diferentes substâncias e fontes de produtos estão ainda sob investigação. Até o momento, dados nacionais e por estado sugerem que produtos contendo THC (tetraidrocanabinol, substância psicoativa encontrada em plantas Cannabis), especialmente os obtidos em compra na rua ou outras fontes informais, estão ligados a maior parte dos casos”, explica o órgão.

Ainda assim, como alguns pacientes relataram o uso do e-cigarette exclusivamente com nicotina, não é possível excluir a participação desses produtos no surto de EVALI. “O CDC continua a recomendar que as pessoas restrinjam o uso do cigarro eletrônico, ou vaping, produtos que tenham nicotina”, reforça o órgão.

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