Saúde e Bem-Estar

Cecília Aimée Brandão, especial para a Gazeta do Povo

Mulheres que se preparam para menopausa têm uma qualidade de vida maior

Cecília Aimée Brandão, especial para a Gazeta do Povo
16/11/2018 07:00
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Algumas dicas podem ajudar a amenizar os sintomas e deixar o corpo mais bem preparado para o período de oscilação. Foto: Bigstock

A vida das mulheres é uma montanha russa hormonal: a primeira menstruação, as TPMs, a gravidez e, por fim, mas não menos estressante, a menopausa. Desde a adolescência os hormônios interferem na rotina de alguma forma e cada corpo reage de um jeito. No entanto, para a menopausa, algumas dicas podem ajudar a amenizar os sintomas e deixar o corpo mais bem preparado para o período de oscilação.
“A menopausa é quando a mulher passa um ano sem menstruar, com a diminuição natural de produção hormonal dos ovários. No entanto, o período do climatério, que antecede essa interrupção e se estende após o término do ciclo menstrual, pode durar até dez anos”, explica a ginecologista Maria Eduarda Souza, da Paraná Clínicas. Mas não há motivo para pânico: “esta é só mais uma fase na vida hormonal da mulher e, como as outras, vai passar”, tranquiliza.
O ideal é que a partir dos 35 anos a mulher tome consciência de que esta fase vai chegar (entre os 45 e 55 anos) e comece a promover mudanças que tenham como objetivo aumentar a qualidade de vida e promover a saúde de forma integral. “Parar de fumar, limitar ingestão de bebidas alcoólicas, alimentação adequada e atividade física são essenciais. O resto é genético e não temos como influenciar. A dica é conversar com a mãe, avós e irmãs, pois a tendência é que o corpo reaja de forma muito semelhante”, orienta Maria Eduarda.
As desculpas para adiar as mudanças de hábitos são muitas, mas também os incentivos a uma vida mais ativa (Foto: Bigstock)
As desculpas para adiar as mudanças de hábitos são muitas, mas também os incentivos a uma vida mais ativa (Foto: Bigstock)

O tratamento dos incômodos, no entanto, fica mais eficiente se for iniciado logo no aparecimento dos primeiros sinais, e podem incluir da mudança de hábitos às terapias hormonais com medicamentos. “Não podemos atrasar o processo, mas é possível viver de forma mais suave e sem traumas”, diz Maria Eduarda.

Sintomas

Os sintomas variam, mas muitas doenças podem surgir no período caso não sejam adotadas medidas saudáveis, “problemas cardiovasculares, obesidade, diabete, osteoporose e depressão podem começar a dar sinais”, explica a ginecologista cooperada da Unimed Curitiba, Rosane Frecceiro. “O que mais incomoda as pacientes são os sintomas que interferem na qualidade de vida, como as ondas súbitas de calor, suor noturno, secura vaginal, problemas urinários, insônia, palpitações, mudanças na pele, dores de cabeça, inchaço das mamas e no corpo, náuseas, tonturas, dores nas articulações, mudanças de humor e libido reduzida”, completa.
Conhecer os gatilhos que dão início à dor de cabeça é fundamental para o tratamento. (Foto: Bigstock)
Conhecer os gatilhos que dão início à dor de cabeça é fundamental para o tratamento. (Foto: Bigstock)
Para passar pelo climatério e menopausa com mais tranquilidade, a médica recomenda intervenções que permeiam o estilo de cada mulher, com foco no aumento da qualidade de vida.
“Na menopausa ocorre uma mudança no metabolismo. Então temos que alterar nossos hábitos desde cedo, pois somos produtos das nossas escolhas. Exercícios e nutrição saudável têm papel importante na prevenção e no tratamento de vários problemas associados à menopausa e ao envelhecimento. Com orientação clínica adequada, é possível viver com mais tranquilidade nesta fase”, explica a ginecologista Rosane.
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