Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Os erros mais comuns cometidos pelos pais na hora de montar a lancheira das crianças

Amanda Milléo
01/02/2019 12:00
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Dos erros mais comuns na hora de montar a lancheira da criança, deixar que o paladar do filho dite os alimentos que entrarão é um deles (Foto: Bigstock)

A cada início de ano letivo, os mesmos questionamentos dos pais: como montar uma lancheira verdadeiramente saudável para as crianças, e que elas aceitem e comam? As dificuldades são comuns, assim como os erros em que os pais, repetidamente, acabam caindo.
Sucos de caixinha, embora práticos, carregam mais açúcar do que fruta – e devem ser excluídos permanentemente das lancheiras. Da mesma forma, evite ao máximo os bolinhos vendidos em pacotinhos, bolachas recheadas e os salgadinhos.
“O açúcar presente nesses produtos, além da grande quantidade, são absorvidos, entram na corrente sanguínea, elevam a glicemia e não vão alimentar. Logo a criança terá fome de novo. É importante que os pais priorizem lanches nutritivos que alimentem e matem a fome, visto que a criança ficará um período longo na escola”, explica Maria Emília Suplicy Albuquerque, nutricionista do hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba.
Desembalar menos e descascar mais: uma das dicas para uma lancheira saudável. Foto: Bigstock
Desembalar menos e descascar mais: uma das dicas para uma lancheira saudável. Foto: Bigstock
Se você acredita que os chás industrializados são opções menos danosas que os sucos de caixinha, repense:

“Ali tem puramente açúcar, água e chá. Eu sempre aconselho os pacientes a lerem o rótulo. Se há calorias no chá, é indicativo de açúcar, visto que água e chá não têm calorias. É sempre importante ver os ingredientes e a tabela nutricional”, alerta a nutricionista. 

Como substituir?

A dica da nutricionista é: não gaste as calorias das refeições que seu filho fará na escola com líquidos. Isso porque os alimentos líquidos são ingeridos com muita facilidade, e logo a criança sentirá fome.
Procure acostumá-los com líquidos sem tantas calorias, como chás gelados naturais (feitos a partir da infusão dos sachês), água de coco (a mais natural possível) ou mesmo água – melhor opção para matar a sede.

“Os pais podem enviar para a escola água saborizada, com pedaços de frutas, ou mesmo fazer o chá de sachês. A criança pode levar em uma garrafinha térmica, e nem precisa tirar o sachê da garrafa, se ela for tomar pelo bico. Temos muitas variedades, como frutas vermelhas, morango e mate com pêssego. E os chás são pouco aproveitados pelos pais”, reforça a nutricionista.  

Da água de coco, quem puder evitar as vendidas em caixinhas, melhor. Há mercados que vendem em garrafinhas descartáveis opções mais naturais, que não têm conservantes, mas mantém uma data de validade adequada, podendo ser consumida em poucos dias.
Entre os alimentos sólidos, quem tiver tempo e disposição, a melhor opção são os sanduíches caseiros, feitos com queijo branco ou requeijão. Há crianças que gostam também de mini-espetinhos de tomate cereja com ovo de codorna, ou queijo, que pode ser temperado com manjericão ou orégano e azeite.

Preciso dos industrializados

Se não houver tempo ou oportunidade de preparar a lancheira mais saudável, alguns industrializados podem ser opções melhores que outros. Na dúvida, confira a tabela nutricional e a lista de ingredientes de cada produto.

Lembre-se: a lista de ingredientes segue sempre a ordem do item com maior quantidade no produto à aquele de menor quantidade. Então, se a bolacha apresentar “açúcar” como um dos primeiros itens listados, isso significa que aquele alimento tem uma quantidade considerável desse ingrediente. 

Não sabe se aquele alimento é muito ou pouco calórico? Compare aos demais. “Tem sempre aquele produto que na capa diz que os ingredientes são orgânicos, que é tudo lindo e maravilhoso. Mas, atrás, no rótulo e na tabela de calorias, a quantidade de gordura mostra que, para três bolachas, há 7g de gordura. Isso é muito. Se a pessoa não souber se é muito, compare a outros produtos a quantidade de gordura e sódio e opte pelo menor”, ensina.
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