Saúde e Bem-Estar

Da redação

Parece refluxo, mas pode ser alergia ao que você come

Da redação
24/09/2016 20:30
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(Foto: Bigstock)

Esofagite eosinofílica é o nome da doença que, frequentemente, é confundida com a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pelos seus sintomas parecidos. O próprio diagnóstico só é feito quando as pessoas não respondem ao tratamento padrão para a DRGE, através dos medicamentos inibidores da bomba de próton, e possuem alergias a leite de vaca, trigo, ovo, soja e peixes ou frutos do mar. Isso porque a doença pode ser desencadeada por essas alergias alimentares.
A esofagite é uma doença que acomete o esôfago, mediada por mecanismos imunológicos, e que forma inflamações e disfunções no local. Dentre os sintomas mais comuns estão vômitos, disfagia ou a dificuldade para deglutir, dor abdominal e dor torácica. Embora a doença possa acometer todas as faixas etárias e gêneros, é mais comum em adultos do sexo masculino. 
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Para um diagnóstico mais preciso da esofagite, é preciso ter critérios clínicos e histopatológicos, através de uma biópsia de esôfago – já que não existe um exame específico para reconhecer a doença.
“São considerados os sintomas clínicos sugestivos, associados à presença na mucosa esofágica de menos de 15 eosinófilos, visto pela endoscopia digestiva alta e pela biópsia de esôfago, além da exclusão de outras doenças”, explica Norma Rubini, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e palestrante do 43º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia que acontece em Curitiba, a partir do dia 28 de setembro.
Tratando com comida
Como boa parte das pessoas com esofagite eosinofílica apresentam alergia alimentar, o tratamento principal contra a doença é feito através de uma dieta restritiva e o uso de medicamentos corticoides. Ou seja: corte no leite de vaca, alimentos com trigo, ovo, soja e peixes ou frutos do mar.
Até o momento não existe uma cura para a doença, mas o tratamento atual consegue controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente. Para o futuro, pesquisadores estão procurando novas formas de controlar a doença, com o uso de anticorpos monoclonais.