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Pesquisa abre frente para futura vacina contra doenças cardiovasculares

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27/10/2019 13:00
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A nova abordagem de detecção de aterosclerose usa como marcadores os anticorpos que são produzidos pelo organismo para combater algumas das toxinas liberadas durante a formação das placas de ateroma. Imagem: Bigstock.

Os anticorpos produzidos pelo organismo durante o combate a toxinas liberadas durante a formação das placas de ateroma são a base de uma nova abordagem na detecção da ateroscleorse.
Essa forma inédita de detectar a condição, com marcadores baseados nesses anticorpos, está sendo desenvolvida em pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Umëa, na Suécia. As informações são da Agência Fapesp.
A aterosclerose acontece quando essas placas de gordura se acumulam nas artérias, estreitando, enrijecendo ou mesmo obstruindo os vasos sanguíneos.

O responsável por este processo é o colesterol LDL, chamado de colesterol ruim, que uma vez oxidado libera os componentes que se acumulam nos vasos.

O sistema imune produz anticorpos que eliminam alguns desses componentes liberados pelo LDL.
“Assim, quando mais placas de ateroma são formadas, mais LDL oxidado estará presente e mais anticorpos serão produzidos pelo organismo. Com a determinação dos níveis desses anticorpos, é possível usá-los como marcadores para a evolução da doença”, disse Magnus Gidlund, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.

A doença cardiovascular é multifatorial e ainda carece de marcadores mais específicos para prevenir as consequências da aterosclerose.

Os pesquisadores ressaltam que o trabalho do grupo com anticorpos no cenário de doenças cardiovasculares, além de possibilitar uma técnica mais barata e efetiva de diagnóstico da aterosclerose, também é promissor para o desenvolvimento de novas terapias para combater a doença, especialmente no que se refere a uma vacina para as doenças cardiovasculares.
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