Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Cinco exames ajudam a diagnosticar intolerância ao glúten

Amanda Milléo
21/10/2019 13:00
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A intolerância à proteína do glúten, presente na farinha de trigo, causa uma inflamação no intestino, gerando sintomas como diarreia e problemas intestinais. Foto: Bigstock.

Não existe apenas um exame que apresente resultado positivo ou negativo à doença celíaca.
São necessários pelo menos cinco exames, além de uma análise clínica do médico com base nos sintomas do paciente e uma nova bateria de exames depois de mudanças na alimentação, para que, só então, a pessoa receba o diagnóstico da intolerância ao glúten.

Entre os exames pedidos pelos especialistas, estão: anti-endomisio; trasglutaminase tecidual; gliadina e o estudo molecular DQ2 e DQ8. Todos são exames de sangue, realizados em jejum normal ou leve, que verificarão a resposta e a sensibilidade do organismo a certos alimentos, entre eles a proteína glúten.

Apenas um deles é capaz de excluir a doença com quase 100% de certeza, de acordo com o bioquímico Marcos Kozlowski.
“O exame de estudo molecular DQ2 e DQ8, quando apresenta um resultado negativo praticamente exclui a doença celíaca. É um exame excludente, mas não dá para fazer apenas ele porque com os demais o médico consegue ter um novo diagnóstico. E mesmo que ele dê positivo, não é conclusivo para o diagnóstico também”, explica.
Entre as demais doenças que podem ter sintomas semelhantes à doença celíaca, estão as alergias alimentares.

“Quando o organismo é sensível a certos alimentos, dores de cabeça, depressão, fadiga, diarreias e até mesmo a obesidade podem aparecer com frequência”, diz Kozlowski.

Depois dos exames, para confirmar a doença celíaca, o paciente pode passar por uma biópsia do intestino delgado e fazer uma dieta sem glúten por um tempo determinado pelo médico.
Então, depois desse período, os exames citados acima são refeitos e o diagnóstico é concluído.
Doença celíaca
A intolerância à proteína do glúten, presente na farinha de trigo, causa uma inflamação no intestino, gerando sintomas como diarreia e problemas intestinais, flatulência, irritabilidade, distensão abdominal, dor de cabeça, insônia, entre outros.
Para evitá-los, os celíacos procuram dietas livres da proteína, e substituem a farinha de trigo por outras versões, como as seguintes:

Mandioca; arroz; milho; batata doce; inhame; farinha de arroz; farinha de mandioca; polvilhos; amido de milho; fécula de batata; fubá; araruta; tapioca; trigo sarraceno; quinoa; amaranto; farinha de amêndoa; peixes; ovos; frutas, verduras e legumes.

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