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Não apenas as pimentas são capazes de "atacar a gastrite". Foto: Bigstock.
Não apenas as pimentas são capazes de "atacar a gastrite". Foto: Bigstock.| Foto:

Caracterizada pela inflamação da mucosa gástrica, a gastrite, popularmente conhecida por “queimação no estômago”, se apresenta com dor no alto da barriga e pode ser acompanhada de náuseas e vômitos.

A condição pode ser crônica (causada pela bactéria Helicobacter pylori e geralmente de apresentação subclínica, quando o paciente “vai levando” esse desconforto) ou aguda (com surgimento repentino e evolução para melhora em poucos dias).

O tipo agudo é muito mais marcante e desencadeado por agentes como estresse, álcool, tabaco e uso de anti-inflamatórios e outros medicamentos.

Entretanto, o fator chave para o surgimento de crises é a ingestão de alimentos para os quais o paciente já tem sensibilidade aumentada.

Uma vez diagnosticada a gastrite, algumas comidas e ingredientes, capazes de potencializar a inflamação e também aumentar o estímulo à produção de ácido clorídrico no estômago, devem ser riscados do cardápio.

No momento da crise, pode ser inevitável recorrer a medicamentos específicos, que promovam a sensação de conforto.

Porém, para controle em longo prazo – evitando até mesmo que a gastrite evolua para complicações, como as úlceras –, o acompanhamento nutricional adequado é indispensável.

Saiba o que evitar e consumir para controlar a gastrite:

Evite

  • Condimentos e alimentos com corantes e conservantes, em geral
  • Pimentas vermelhas, pimenta-do-reino e pimenta biquinho (embora mais suave, esse tipo também contém agentes irritantes da mucosa do estômago)
  • Leguminosas como o feijão (exceto o caldo), cuja fermentação compromete a parede estomacal
  • Bebidas estimulantes como café, chá preto, chá mate, álcool, refrigerantes e bebidas achocolatadas
  • Temperos, extrato de tomate, caldos, molho shoyu e molhos prontos para saladas
  • Embutidos
  • Doces
  • Frutas cítricas (como abacaxi, limão e laranja, exceto a lima)
  • Vinagre
  • Oleaginosas

Consuma

  • Condimentos e temperos naturais, como salsinha e cebolinha
  • Chás “da vovó”, como camomila e erva cidreira
  • Sucos de frutas não concentrados
  • Muita água (seu pH ajuda a diminuir a acidez do órgão)
  • Carnes magras
  • Gelatinas
  • Frutas não ácidas, como banana, maçã, mamão e laranja lima
  • Purês de batata-salsa e batata-doce
  • Mandioca
  • Inhame
  • Arroz branco
  • Vegetais e ovos cozidos

 

O preparo é fundamental

O processo de cocção é aliado no controle e prevenção da gastrite. Alimentos que foram fritos ou empanados, por exemplo, aumentam a secreção de suco gástrico durante a digestão. Por isso, a preferência deve ser sempre por alimentos bem cozidos, assados ou grelhados, com quantidades moderadas de óleo na preparação. Nas carnes, retirar a gordura aparente e as peles, também ajuda na recuperação do estômago.

E o leite?

O conhecimento popular diz que o leite ajuda a controlar a inflamação e a dor causadas pela gastrite. Porém, seu consumo só resulta em uma melhora imediata em função da chegada do alimento ao estômago. O agravamento da gastrite não deve demorar, uma vez que, por fazer parte dos alimentos proteicos, sua digestão é trabalhosa e assemelha-se à das carnes.

Fonte: Telma Souza e Silva Gebara, nutricionista.

 

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