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A cantora Anitta começou a semana cancelando vários shows devido a um edema – ou seja, inchaço causado pelo acúmulo anormal de líquido – em um cisto nas cordas vocais. O comunicado, feito por Instagram, explicou que o edema surgiu após uma forte gripe e que a recomendação dos médicos para evitar uma cirurgia nas cordas vocais era fazer repouso absoluto da voz por uma semana.

Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças Jemima Hirata, o edema em si causaria rouquidão, mas não justificaria uma cirurgia. O caso de Anitta é considerado mais grave devido à presença do cisto. Ainda assim, todos estamos sujeitos a edemas nas pregas vocais, originados justamente como o da cantora: por meio de uma gripe.

“O edema é comumente causado por uma inflamação, viral ou bacteriana. Se a pessoa pegar uma gripe forte, ela pode atingir a laringe, inchando as cordas vocais”, diz Jemima. Nesses casos, a pessoa deve fazer o tratamento recomendado pelo médico, hidratar-se muito e fazer repouso vocal (não falar muito)”, explica a médica.

O repouso é necessário para evitar que o edema se agrave ou que outros problemas surjam a partir do abuso. Em seu post, Anitta revela que foi isso que aconteceu com ela: “Recentemente, tive uma forte gripe e para não cancelar meus compromissos já confirmados não segui com a recomendação de repouso vocal que recebi e continuei a agenda de shows e entrevistas, o que sobrecarregou minha corda vocal”.

Em casos de rouquidão a cada gripe ou resfriado, além de seguir essas orientações, a pessoa deve investigar se não outros motivos para essa susceptibilidade. Ela pode ter outros problemas nas cordas vocais, como nódulos e pólipos, e não saber disso ainda.

Abuso vocal

O sobrecarregamento das pregas vocais também acontece sem que a pessoa tenha gripe e dor de garganta e não repouse. “Tem algumas profissões, como cantores profissionais e professores, que usam muito a voz. Esse uso contínuo às vezes causa certo desgaste na prega vocal, principalmente se o uso da voz for incorreto”, diz Jemima. Um dos erros mais comuns, segundo ela, é a respiração incorreta, feita pela boca ou usando mais o peito do que a barriga.

Nesses casos, o edema também pode ser identificado pela rouquidão, que provavelmente será frequente (estar rouco ao fim dos dias, por exemplo, não é normal), e a pessoa deve procurar um fonoaudiólogo especialista em voz para aprender a falar sem machucar suas cordas vocais. “O edema é um sinal de alguma coisa está errada e, não é que ele evolui, mas ele mostra que a pessoa já tem ou tem predisposição a ter outros problemas”, afirma a médica.

Com o fonoaudiólogo, a pessoa deve aprender a respirar, a preparar ou fortalecer as cordas vocais – que também são músculos! – e a aquecê-las para enfrentar o dia.

Refluxo

O refluxo também pode causar edema e outros problemas nas cordas vocais. Nesses casos, além da rouquidão, a pessoa tem pigarro constante, tosse seca e uma sensação de “bola na garganta”. O tratamento deve ser orientado por um gastroenterologista.

 

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