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Sal amargo é também conhecido como Sal de Epsom ou o clássico sulfato de magnésio, com diferentes funções para a saúde (Foto: Bigstock)
Sal amargo é também conhecido como Sal de Epsom ou o clássico sulfato de magnésio, com diferentes funções para a saúde (Foto: Bigstock)| Foto:

Bastante conhecido entre os mais antigos, o sal amargo, também chamado de sal de Epsom, tem ressurgido na rotina como uma substância capaz de vários benefícios à saúde – e é verdade! O sal amargo é nada mais do que o sulfato de magnésio, um mineral com usos que vão desde laxante natural, anti-inflamatório a até mesmo esfoliante para rosto e corpo.

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A flexibilidade do produto também é vista na forma como pode ser usado. Facilmente encontrado em farmácias, o sulfato de magnésio pode ser dissolvido em água (e as quantidades variam conforme a idade do paciente) e consumido em forma oral. Isso garante uma ajuda ao trabalho do intestino, atuando como um laxante natural – embora seja recomendado apenas sob supervisão médica.

“O uso do sal amargo como um laxante sem orientação médica é complicado. Ele não cabe a todo mundo. Se a pessoa tiver algum problema de constipação crônico, por exemplo, pode levar a outras complicações. Mas o sal amargo tem esse papel laxativo, que ajuda a desintoxicar. Há quem indique associado ao suco de maçã, mas sempre com orientação médica”, explica Paulo Guimarães, médico nutrólogo do hospital Marcelino Champagnat e professor de Nutrologia da PUCPR.

Essa associação com outros alimentos, como o suco de maçã, segundo Guimarães, também não pode ser feito com frequência. “Ajuda na desintoxicação, mas não deve ser usado toda semana, por exemplo. É uma indicação de uma a duas vezes por ano, apenas”, reforça.

Banho de imersão: benefícios principais

O mesmo pó dissolvido em água quente pode ser usado em banho de imersão, o que garante benefícios sem contra-indicações. “O sal amargo é bom para inflamação, bursite, tendinite, fibromialgia. A pessoa prepara um banho quente, e o corpo absorve. Os benefícios daquelas águas termais é basicamente pela presença do sulfato de magnésio”, explica Alessandra Stefani, nutricionista responsável pelo setor de Nutrição do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba.

Uma sugestão da especialista é, quem for à academia e voltar com uma dor muscular, pode colocar o corpo de molho nessa mistura, em água quente, e sentir o alívio. “Os banhos podem ser feitos de duas a três vezes por semana”, sugere Stefani. Misturado a um creme, o sal amargo também ajuda na esfoliação do rosto ou corpo.

Estou com pouco magnésio, devo repor com sal amargo?

A princípio, não. Há outras opções no mercado para a reposição do magnésio entre pessoas com deficiência na substância, como alguns idosos e hospitalizados, que garantem todos os benefícios e não favorecem a função laxante – o caso do sal amargo. Prefira, por exemplo, o dimalato de magnésio.

“O magnésio participa de vários processos, faz parte do metabolismo, atua na transmissão neuroquímica. Apesar de muitas pessoas falarem que o magnésio está disponível no ambiente, bastando uma alimentação adequada com vegetais, nozes e castanhas, ninguém come castanha porque é um alimento caro”, diz Guimarães, que sugere, para algumas pessoas, a reposição do magnésio de forma oral, mas não através do sal amargo.

A deficiência do magnésio surge principalmente entre pessoas com algum problema de absorção da substância, ou de restrição alimentar severa e desnutrição. Mas, irritabilidade, sonolência, espasmos e tremores podem indicar a falta do magnésio. Converse com seu médico.

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