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O transplante se tornou uma forma de terapia  para casos persistentes de infecção por Clostridium difficile.
 (Foto: Bigstock)
O transplante se tornou uma forma de terapia para casos persistentes de infecção por Clostridium difficile. (Foto: Bigstock)| Foto:

Mais do que água, 99% do nosso corpo é constituído de micróbios, segundo Rob Knight, autor do livro “A vida secreta dos micróbios”, da coleção TED Books. E, ao contrário do que possa se pensar, eles são muito bem-vindos para ajudar na manutenção da nossa saúde. Confira cinco motivos pelos quais os micro-organismos são essenciais para a nossa vida.

Micróbios do intestino. Os micróbios têm o potencial de influenciar o que podemos comer, quantas calorias, a que nutrientes e toxinas estamos expostos e como os medicamentos nos afetam. Os micro-organismos que ficam no nosso intestino são importantes para a nossa digestão de alimentos, na metabolização de remédios, mas também estão relacionadas a uma série de doenças, inclusive obesidade, doença inflamatória intestinal, câncer de cólon, doença cardíaca, esclerose múltipla e autismo.

Micróbios desde o nascimento. Os primeiros micróbios são adquiridos ainda durante o nascimento, quando o bebê passa pelo canal do parto, que tem bactérias vaginais benéficas para a saúde. Crianças que nascem de parto normal e de cesariana possuem microbiomas diferentes, sendo que as últimas têm taxas mais altas de doenças como asma, e tendência a obesidade e alergias.

Crianças, ambiente e microbioma. As crianças costumam colocar as mãos em tudo e logo em seguida à boca. Mas isso não é algo ruim. Bebês que são apresentados a uma maior diversidade de comunidades microbianas, que convivem com animais de estimação ou vivem em fazendas ou perto delas, por exemplo, tendem a ter menos problemas no sistema imunológico, como rinoconjuntivite.

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Cérebro-intestino. Além de influenciar na digestão dos alimentos, na absorção dos remédios e até na produção dos hormônios, os micro-organismos também podem interagir com o sistema imunológico e afetar nosso cérebro. Uma depressão, por exemplo, pode desencadear uma reação inflamatória, e recentemente se descobriu que a bactéria Oscillibacter produz um elemento químico que age como tranquilizando natural, que acalma a atividade nervosa do cérebro e pode levar à depressão. Ficar longe dos micro-organismos da terra, no entanto, tem se mostrado ruim para a nossa saúde, e poderia indicar o aumento na frequência de doenças inflamatórias.

Obesidade. Hoje há estudos que relacionam microorganismos à obesidade. Em uma pesquisa com camundongos de tamanho normal e sem micro-organismos, foram dados a eles um transplante fecal de um camundongo obeso. Esses camundongos acabaram ficando obesos também e, ao isolar as bactérias das pessoas mais magras, foi possível delinear uma comunidade microbiana que impediu o camundongo de ganhar peso. Esse poderia ser um caminho para desenhar uma comunidade microbiana que de fato ajude no emagrecimento de uma pessoa, no futuro.

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